24 abril 2009

Para enfrentar o crack














Audiência Pública sobre o crack lota auditório da AL

Promovida pela Comissão de Serviços Públicos, reunião mostra a importância do tema e insere o parlamento gaúcho como protagonista na busca por soluções à epidemia que assola o Estado.


Mais de mil pessoas lotaram o auditório Dante Barone na manhã desta quinta-feira (23) para acompanhar a audiência pública sobre o crack realizado pela Comissão de Serviços Públicos (CSP) da Assembléia Legislativa do RS. A reunião, que durou mais de quatro horas, apontou para ações imediatas, de médio e de longo prazo no combate a esta droga que já ganha o status de epidemia.

Entre os encaminhamentos, se destaca o papel protagonista que o parlamento gaúcho deverá exercer perante o tema com a criação de um Fórum Permanente de Debate sobre o Crack, assim como a elaboração de campanhas institucionais de conscientização à juventude. "Precisamos alertar esta "gurizada". Vamos utilizar todos os meios, inclusive a internet, para seduzi-los antes dos traficantes", propôs o presidente da CSP, deputado Fabiano Pereira (PT).

Um maior diálogo entre os governos Federal e Estadual referente a investimentos em tratamento dos dependentes químicos, a aproximação junto às universidades buscando estudos referente ao tema e o fortalecimento de órgãos que estão na linha de frente desta batalha, como os Conselhos Municipais e a FASE, também foram destacados. A reunião ainda definiu mais duas audiências públicas como focos específicos. Uma delas irá visar a criação de uma política pública de ofensiva contra o tráfico de crack; outra, a radiografar a composição da droga.

Juventude e o crak

O grande número de participantes, formado em sua maioria por adolescentes, surpreendeu os palestrantes. "Se todos fazemos parte deste problema, devemos, também, ser parte da solução. E vocês, jovens, devem ser protagonistas neste tema", destacou Alceu Terra Nascimento, gerente executivo da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho. O secretário de Saúde do RS, Osmar Terra, alertou o público sobre os perigos da droga. "O Estado do Rio Grande do Sul considera o crack o maior problema de saúde da atualidade. O crack mata seis pessoas por dia. O consumo de crack acaba com cérebro, fígado e pulmão. Poucos jovens usuários chegam aos 30 anos de idade", informou Terra que também lembrou a existência de 55 mil dependentes da droga no Estado, aproximadamente.

Manoel Soares, dirigente estadual da Central Única das Favelas (CUFA), não mediu palavras ao alertar o público adolescente sobre o perigo que a maconha nos dias atuais pode representar. "São raras as bocas que vendem maconha "limpa". A maioria mistura com crack", informou. "Ano passado, apreenderam 200 kilos de crack. Você podem pensar: ‘Ah, mas isso é pouco’. Mas não é. Cada pedra de crack que é vendida tem, em média, 0,24 gramas. Isso dá oito milhões de pedras de crack", completou. (...)

*Fonte: Assessoria de Imprensa do gab. do Dep. Fabiano Pereira - PT/RS

Um comentário:

Jean Scharlau disse...

Importantíssima informação, Júlio!