16 julho 2009

Repressão em Porto Alegre








Yeda manda BM reprimir manifestantes

A manifestação realizada pelas entidades sindicais exigindo o impeachment da governadora Yeda Crusius, realizada hoje pela manhã em frente à sua polêmica casa (foto), foi violentamente reprimida pela Brigada Militar. Segundo informou a jornalista Denise Ritter, do sítio PTSul, "a presidente do Cpers Sindicato, Rejane Oliveira, o fotógrafo da entidade, a vereadora Fernanda Melchiona (PSOL), um servidor e dois professores, ainda não identificados, foram presos esta manhã e conduzidos à 14ª DP".

De acordo com a matéria "centenas de servidores realizavam manifestação na rua Araruama, Bairro Vila Jardim, pelo impeachment de Yeda Crusius. O Batalhão de Operações Especiais da BM interveio e houve princípio de tumulto. Há informações de que até mesmo fotógrafos e cinegrafistas de veiculos de imprensa teriam sido agredidos e afastados do local. O comandante da BM, João Trindade Lopes, não soube explicar, em entrevista a emissoras de rádio, as razões que levaram a prisão da líder sindical. "Não sei se ela agrediu os soldados com palavras ou o que houve", afirmou.

Destempero

Segundo a matéria Yeda Crusius "demonstrou destempero ao exibir um cartaz para os manifestantes em que taxava os professores de 'torturadores de crianças', referindo-se a seus netos que, segundo ela, estariam sendo impedidos de sairem de casa para ir à escola."

Truculência da BM


Segundo declarações prestadas à imprensa pela presidente do CPERS/Sindicato, Rejane Oliveira, ainda detida e falando por celular, "a Brigada estava com disposição de agredir os manifestantes. Estamos de fato muito espantados com o comportamento do governo. Fomos em frente à casa em uma atividade pacífica. A polícia e o Batalhão de Choque foram ao local para tirar a gente da calçada. Nos tiraram da calçada, depois da rua, e fomos para outra rua. Eles empurraram, trataram muito mal. Aí um policial me algemou, me colocou dentro de um camburão e fui levada à 14ª DP". A vereadora Fernanda Melchiona, que afirma ter sido espancada, derrubada e pisoteada pelos brigadianos, não deixou por menos: "A população deve estar se perguntando se estamos vivendo sob ditadura militar. Fomos detidos, enquanto quem deveria ser presa é a governadora Yeda Crusius"

Luta contra a corrupção

O Fórum dos Servidores, entidade responsável pela atividade realizada pela manhã em frente a casa de Yeda, informa que a manifestação terá continuidade logo mais às 11 horas quando ocorrerá novo Ato Público em frente ao Palácio Piratini, marcando o "dia de lutas" contra a corrupção no governo gaúcho.

Até a finalização desta postagem (10,56 h), varias lideranças dos sindicalistas, inclusive a presidente do Cepers/Sindicato, Rejane Oliveira, a vereadora Fernanda Melchiona e vários estudantes ainda continuavam detidos no Palácio da Polícia gaúcha.

*Edição e grifos deste blog

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