10 janeiro 2011

Entrevista com o secretário Afonso Motta


“A nossa prioridade neste momento é a estruturação da secretaria”

Porto Alegre/RS - Sul 21 -  Por Rachel Duarte - Depois de 23 anos como executivo do maior grupo de comunicação do Rio Grande do Sul, Afonso Motta, um dos fundadores do PDT, agora é secretário de um governo do PT. Concorrendo à Câmara Federal, em 2010, não se elegeu e foi indicado por seu partido a integrar a administração Tarso Genro. Há cinco dias no comando do Gabinete dos Prefeitos, o alegretense conversou com o Sul21 sobre a sua opção de integrar o segundo governo petista gaúcho, as expectativas políticas com o trabalho no núcleo do governo e sobre a futura relação com os 496 prefeitos gaúchos.

Afonso Motta é advogado e produtor rural. Trabalhou em diversas funções no Grupo RBS, sendo o idealizador do Canal Rural. Presidiu a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT-RS), foi conselheiro da OAB e é um dos conselheiros do Sport Club Internacional. (...)


Sul21 – Como será a sua atuação com os prefeitos? Qual será o foco do seu trabalho do Gabinete dos Prefeitos?


Afonso Motta (AM) – A secretaria é nova, mas tem uma dinâmica. A realidade é que são 496 prefeitos num estado que tem um processo permanente de relação institucional e já há um conjunto de reivindicações solicitadas ao governo anterior. Já estamos atendendo alguns prefeitos. Agora mesmo (manhã de quarta-feira, 5), saiu daqui o prefeito de Taquara. Desde segunda, estou recebendo vários prefeitos do estado que estão querendo compreender o funcionamento da secretaria, se colocar à disposição para ajudar no trabalho e, também, informar sobre os seus pleitos. Há um direcionamento no sentido de que nós valorizemos as relações institucionais e encaminhemos as demandas dos prefeitos.


Sul21 – Quais as demandas prioritárias? A carta de reivindicações da Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul) também será prioridade?


AM – A nossa prioridade neste momento é a estruturação da secretaria. Estamos trabalhando com três focos: um relacionado com projetos e programas. Vamos ter um banco de dados, com informações sobre todos os projetos de âmbito federal que são acessíveis aos prefeitos. Também queremos tratar destas questões que estão pendentes internamente, oriundas da extinta Secretaria de Relações Institucionais. Estamos fazendo uma espécie de inventário disso e tomando pé desta situação. Queremos criar um conjunto de procedimentos que otimizem os resultados da gestão dos municípios. O RS não vem obtendo o mesmo volume de recursos que outros estados que já têm uma secretaria que articula a relação com os municípios. E nós queremos recuperar esse espaço. Vamos trabalhar muito nas relações federativas. Apoiar o encaminhamento das questões dos prefeitos em Brasília. Vamos preparar a agenda dos prefeitos em Brasília. Queremos trabalhar com a Famurs na formação dos gestores municipais. Passa pelo nosso encaminhamento a relação com os Coredes e a dinâmica política dos prefeitos com o governo do estado. Queremos qualificar isso. Ainda estamos no começo do governo e não temos a dinâmica desse trabalho.
Gostaria de receber todos os prefeitos hoje e já levá-los para conhecer a chefia de gabinete do governador, mas, ainda não temos essa capacidade de fluxo. A essência é fazer esta construção. Em 15 dias vamos poder responder e ter um bom planejamento do trabalho. (...)
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