31 janeiro 2011

Posse na AL/RS


Adão Villaverde profere seu primeiro discurso como presidente da Assembleia Legislativa

Porto Alegre/RS - PTSul - O presidente eleito da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Adão Villaverde (PT), proferiu o seu primeiro discurso durante sessão solene nesta segunda-feira (31), que empossou a 53º legislatura. O novo presidente ressaltou as contribuições dos gaúchos para a história nacional e conclamou para o enfrentamento de temas inadiáveis.

Villaverde salientou que, durante a sua gestão, pretende aprofundar o debate sobre o enfrentamento da erradicação da pobreza no RS; o desenvolvimento regional sustentável que o RS requer; a infraestrurura e logística que o RS necessita; prevenção aos fenômenos (des)naturais e os efeitos climáticos; educação para todos e a inclusão digital; o Sistema Único de Saúde: qualificação do atendimento e financiamento; a segurança alimentar como direito: da produção à comercialização e ao consumidor; modelo de Segurança Pública que queremos e 50 anos da Legalidade: democracia, reforma política e papel dos legislativos.
-Clique Aqui para ler  a íntegra do discurso.

30 janeiro 2011

AL/RS


Deputado Adão Villaverde assume a Presidência da AL/RS

Sessão solene dará posse a deputados da 53ª Legislatura do Parlamento gaúcho

Porto Alegre/RS - Portal PTSul - Nesta segunda-feira (31), a partir das 14 horas, no Plenário 20 de Setembro do Palácio Farroupilha, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realiza a sessão solene de posse dos 55 deputados eleitos e reeleitos e de instalação da 53ª Legislatura (2011-2014). Na ocasião, ocorrerá também a eleição e a transmissão de cargos da nova Mesa Diretora. Indicado pelo Partido dos Trabalhadores, conforme acordo pluripartidário firmado entre as bancadas, o deputado Adão Villaverde será o 59º presidente do Parlamento gaúcho desde 1935, data em que o Poder Legislativo do Estado passou a se chamar Assembleia Legislativa.

Recepção

Autoridades e convidados serão recepcionados pelo chefe do Legislativo, deputado Giovani Cherini (PDT), e pelo próximo presidente da nova Mesa Diretora, deputado Adão Villaverde (PT), a partir das 13 horas, no Gabinete da Presidência. Durante a cerimônia de posse, devido ao número restrito de lugares, as galerias do Plenário 20 de Setembro estarão reservadas a autoridades e a convidados dos parlamentares. Será instalado um telão no Teatro Dante Barone para acomodar os demais interessados em acompanhar a sessão solene. (...)
-Clique Aqui para ler a matéria, na íntegra.

*Foto acima: Deputado Adão Villaverde (PT/RS) e este blogueiro durante lançamento da coletânea 'A Ditadura de Segurança Nacional no RS - 1964/1985', em dezembro-2010, na AL/RS). Créditos da foto: Mateus Farias/Gab. Dep. Villaverde.

29 janeiro 2011

Minha Geração



*My Generation - The Who

(...) 'Por que vocês todos não desaparecem (falo da minha geração)
E não tentam entender o que nós dizemos (falo da minha geração)
Eu não estou tentando causar uma grande sensação (falo da minha geração)
Só estou falando sobre a minha geração (falo da minha geração)

Minha, minha, minha, minha geração
 
As pessoas tentam nos colocar pra baixo (falo da minha geração)
Só porque estamos por todos lados (falo da minha geração)
As coisas que eles fazem parecem terrivelmente frias (falo da minha geração)
Espero morrer antes de ficar velho (falo da minha geração)' (...)

CONVITE





 

28 janeiro 2011

Presidenta Dilma no RS


Governo Federal vai priorizar a Metade Sul 

O Governo Federal repassará mais R$ 20 milhões ao Estado para amenizar os efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul, que já levou 15 municípios a decretarem situação de emergência. A garantia foi dada pela presidenta Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (28), na primeira visita oficial ao Estado e ao Palácio Piratini. Os recursos se somarão aos R$ 19,37 milhões anunciados ontem.

Em reunião com o governador Tarso Genro, Dilma destacou que está acompanhando a situação gaúcha e enfatizou a importância da Metade Sul, uma das áreas mais castigadas pela falta de chuvas. "Vamos olhar com muito cuidado para a Metade Sul do RS", disse Dilma Rousseff, em coletiva de imprensa.

A região, reconheceu, representa uma das fontes de competitividade do Brasil, que é a competência da produção agrícola. "O governo federal vai olhar com muito cuidado para essa região para não permitir quebra de produção no setor". A presidenta esteve acompanhada do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra.

Agenda de cooperação


Durante o encontro com a presidenta, o governador Tarso Genro entregou um documento técnico, dividido em três áreas, de cooperação entre o Estado e a União: a primeira, relacionada às obras do PAC que são fundamentais ao RS, e a segunda, que solicita apoio do Governo Federal para impulsionar a economia gaúcha, em especial o Polo Naval. Em terceiro, um pedido à presidente para que dê sustentação para as duas cartas-consultas que estão tramitando no Banco Mundial e no BNDES, já em grau adiantado de negociações.

De acordo com Tarso, a presidenta manifestou apoio à agenda do Estado, e o encaminhamento, a partir de agora, será feito com o ministro da Integração Nacional. Bezerra confirmou o repasse de R$ 20 milhões ao Governo do Estado, para investimento em obras que possam minimizar os efeitos da seca no Sul. Também recomendou a agilização de todas as obras do PAC1 e do PAC2 , ampliando a segurança hídrica na região, com investimento total de R$ 700 milhões em barragens e canais de irrigação. Foi oficializado também o repasse de R$ 33 milhões para construção de barragem em Bagé, dos quais R$ 2,9 milhões já foram depositados.

Na quinta-feira (27), o Governo federal, através do Ministério do Desenvolvimento Agrário, já havia repassado R$ 19,37 milhões aos municípios gaúchos que decretaram situação de emergência em razão da estiagem, na forma de 30 mil toneladas de trigo para alimentação do rebanho leiteiro e de 27 máquinas, além de prorrogar em 180 dias o vencimento dos contratos do Pronaf. (Com o Portal do Estado do RS)

*Foto: Presidenta Dilma entre o vice governador Beto Grill e o governador Tarso Genro. (Caco Argemi/Palácio Piratini)

27 janeiro 2011

'Revanchismo'?



*Charge do Sinch

Adeli Sell



Porto Alegre - Eleições 2012

'Movimento Cidade Legal' lança Adeli Sell pré-candidato à prefeito de Porto Alegre/RS

Com a abertura das discussões envolvendo a agenda política de 2012, ano em que haverá eleições municipais, a maioria dos partidos políticos já começa a discutir suas táticas eleitorais, possibilidades de alianças e mesmo os nomes que poderão ser apresentados para a avaliação dos eleitores.

Em Porto Alegre, metrópole com tradição de protagonizar acirradas disputas, não é diferente. Recentemente foi lançado o Movimento 'Cidade Legal, Adeli Sell Prefeito da Capital'. Trata-se de um conjunto de militantes petistas, assim como de apoiadores voluntários e independentes, que está propondo a discussão e o lançamento da pré-candidatura do vereador à prefeitura de Porto Alegre, objetivando assim o retorno da sigla, depois de 8 anos, ao Paço Municipal.

Composto por integrantes da sociedade civil, o Movimento já criou, inclusive, o Blog: http://www.adelisellprefeito.blogspot.com/ que se propõe a ser um interlocutor e, ao mesmo tempo, um divulgador das ações do vereador Adeli Sell, atual Presidente do PT municipal e vereador por 4 mandatos, que adotou Porto Alegre há mais de 30 anos para nela viver e trabalhar.

Dizem os integrantes do 'Movimento Cidade Legal': "Queremos, com este Movimento, aglutinar e articular cidadãos e cidadãs que queiram uma Porto Alegre melhor, mais acolhedora, mais solidária, mais limpa, mais humana - e ParaTodos. Este é o objetivo do Movimento! Um espaço que reúna aqueles que querem discutir os problemas e as soluções para a Capital dos gaúchos; que entendam que essas soluções passam necessariamente pela articulação de um Projeto, e que esse Projeto tenha, como principal condutor, uma pessoa que conhece esta cidade como ninguém, que já deu provas de sua competência, de sua seriedade no trato com a coisa pública, de sua dedicação e amor pela cidade. Essa pessoa, não temos dúvida, talhada para esse desafio, é o vereador Adeli Sell".

O Movimento, que está aberto à adesões, já realizou alguns encontros e está agendando uma grande plenária para o mês de março. Os interessados em participar podem entrar em contato pelo e-mail: mov.adeliprefeito@bol.com.br

-Clique Aqui para assessar o blog

Entrevista com Julian Assange


“Somos uma organização exclusivamente pela verdade e justiça”

Por Natália Viana-WikiLeaks

“Não somos uma organização exclusivamente da esquerda. Somos uma organização exclusivamente pela verdade e pela justiça”, afirmou o fundador e publisher do WikiLeaks, Julian Assange, em entrevista exclusiva aos internautas brasileiros.

Julian, que enfrenta um processo na Suécia por crimes sexuais e, atualmente, vive sob monitoramento em uma mansão em Norfolk, na Inglaterra, concedeu a entrevista para internautas que enviaram perguntas a este blog.

Selecionei 12 perguntas dentre as cerca de 350 que recebi -– e não foi fácil. Acabei privilegiando perguntas muito repetidas, perguntas originais e aquelas que não querem calar. Infelizmente, nem todos foram contemplados. Todas as perguntas serão publicadas depois.

No final, os brasileiros não deram mole para o criador do WikiLeaks. Julian teve tempo de responder por escrito e aprofundar algumas questões.

O resultado é uma entrevista saborosa na qual ele explica por que trabalha com a grande mídia — sem deixar de criticá-la –, diz que gostaria de vir ao Brasil e sentencia: distribuir informação é distribuir poder. (...)

-Leia a entrevista (via Sul 21), Clicando Aqui

26 janeiro 2011

Sobre tragédias e irresponsabilidades



Tragédia e irresponsabilidade histórica

                                       Wladimir Pomar  escreve:

Em seu discurso no Congresso, a presidenta Dilma acentuou seu compromisso de que o Brasil é e será campeão mundial de energia limpa, e um país que sempre saberá crescer de forma saudável e equilibrada. Continuará desenvolvendo as fontes renováveis de energia, a exemplo do etanol, fontes hídricas, biomassa, eólica e solar.
E não esqueceu de acentuar que o Brasil continuará também priorizando a preservação das reservas naturais e de suas imensas florestas, atuando nos fóruns multilaterais para defender o equilíbrio ambiental do planeta, não condicionando tais ações ao sucesso e ao cumprimento, por terceiros, de acordos internacionais.
É evidente que a presidente não podia se alongar nos problemas que o Brasil enfrenta na área ambiental, apesar das vantagens que apresenta nesse terreno. Problemas que estão relacionados, em enorme proporção, a uma urbanização descontrolada, em virtude da pobreza e da miséria ainda predominantes e, também, de uma especulação imobiliária totalmente irracional, diante das quais muitos poderes públicos estaduais e municipais são coniventes ou inoperantes.
Se fizermos um levantamento histórico do processo de ocupação do solo no Brasil, tanto nas áreas rurais quanto nas zonas urbanas, não é difícil notar a acumulação de fatores anunciantes de tragédias. Por um lado, os pobres, na busca de espaços para morar, são obrigados a encarapitar-se, com suas moradias precárias, em áreas de alto risco.
Por outro lado, as camadas médias e os ricos muitas vezes associam-se aos especuladores imobiliários, que impõem a eles e aos governos construções e mais construções, sem espaços urbanos permeáveis e verdes, compensáveis por construções de vista linda e clima agradável também em espaços de risco.
Se aliarmos a esse processo o atraso, também histórico, na construção de sistemas municipais e estaduais de monitoramento e enfrentamento de calamidades naturais, apesar de todas as teorias existentes sobre os efeitos das mudanças climáticas, teremos um quadro geral de irresponsabilidade histórica e tragédias previsíveis, cujos sinais já vêm se multiplicando pelo menos desde há mais de 20 anos.
As quedas de encostas e as enchentes, arrastando pessoas, casas e outros bens, na região serrana do Rio de Janeiro, em Minas, São Paulo e outros estados e cidades brasileiras neste verão, são apenas o prelúdio trágico do que nos espera se as mudanças climáticas forem incentivadas, como prevêem muitos cientistas, e se as medidas corretivas forem apenas tópicas, como ter equipamentos para monitoramento mais preciso dos fenômenos climáticos e locais para a reunião de pessoas em situação de risco.
Se o Brasil quiser realmente crescer de forma saudável e equilibrada, priorizar a preservação das reservas naturais e de suas imensas florestas, além de defender o equilíbrio ambiental, como sugere a presidenta, será necessário que o governo enfrente com novo rigor a questão do uso do solo urbano e rural, colocando em sua pauta tanto a revisão mais profunda do código florestal, quanto a necessidade de avançar na consecução de reformas urbanas, tanto em relação ao uso do solo, quanto nos modelos de edificação.
Além de não permitir mais a derrubada de florestas sem compensações ambientais seguras, não é mais possível que se permita a derrubada de matas ciliares, nem a existência de milhares de hectares sem faixas florestais contínuas. Também não é mais admissível deixar que praças ou espaços florestados urbanos sejam substituídos por construções, e que novas construções sejam construídas agarradas às demais, sem espaços de ventilação e sem áreas verdes. Nem que sejam autorizadas construções em encostas que apresentam geologia insegura.
Já que teremos pela frente eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, talvez tenha chegado o momento de reformar algumas cidades com um novo conceito de urbanização, em que o uso do solo seja regulamentado, o verde passe a ter papel predominante e os prédios sejam poupadores de energia e pouco poluentes. Os exemplos e as técnicas já existem, tanto no mundo quanto no próprio Brasil.
Assim, já que as mudanças climáticas dificilmente podem ser controladas pelos seres humanos, mesmo que a emissão de gases de efeito estufa seja reduzida, pode-se prevenir as tragédias humanas cortando a irresponsabilidade histórica e preparando-se melhor para as calamidades naturais.


*Wladimir Pomar é escritor e analista político.

Fonte: Correio da Cidadania

Presidenta no RS




Presidenta Dilma visita o Estado

Na primeira viagem oficial ao RS, Dilma inaugura usina e homenageia vítimas do holocausto

Sul 21 - Por Rachel Duarte - A presidenta Dilma Rousseff visita oficialmente o Rio Grande do Sul, pela primeira vez, depois de sua posse. Ela chega ao estado nesta quinta-feira (27) para cumprir dois compromissos — um em Porto Alegre e outro em Candiota na Metade Sul. Dilma fica no estado até domingo (30), quando segue para a Argentina, onde se encontrará com a presidente do país vizinho, Cristina Kirchner.

Na quinta-feira, às 19h, a presidenta participa, no Palácio do Ministério Público Estadual, da primeira cerimônia realizada no estado para marcar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Instituído há seis anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o Dia lembra a data em que as tropas soviéticas libertaram os pisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, em 1945. No Rio Grande do Sul, a cerimônia é promovida pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) com o apoio da Federação Israelita do Rio Grande do Sul.

Na sexta-feira (28), Dilma inaugura a Fase C da Usina Candiota III, uma obra esperada pelos gaúchos há 23 anos. A usina da Eletrobras CGTEE é a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região Sul, avaliada em R$ 1,3 bilhão.
O evento está previsto para as 10 horas. Os convidados estão sendo orientados a chegar ao local com pelo menos uma hora de antecedência em função do esquema de segurança que será montado para o deslocamento da presidenta. A solenidade será na Rua Miguel Arlindo Câmara, 3601, ao lado da usina nova. (...)
-Leia a matéria, na íntegra,  Clicando Aqui

25 janeiro 2011

Dia Nacional da Bossa Nova



*Chega de Saudade, com  João Gilberto & Tom Jobim -  Composição: Tom Jobim  e Vinícius de Moraes

ProUni


ProUni já tem quase 800 mil inscritos. Prazo termina hoje

Brasília/DF - Agência Brasil – O Programa Universidade para Todos (ProUni) registrou, até as 19h30 de ontem (24), 784 mil inscritos para as 123,1 mil bolsas de estudo — 80.520 integrais e 42.650 parciais (50% da mensalidade). O prazo para inscrição acaba às 23h59 de hoje (25).

Para participar, o candidato precisa ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em estabelecimento privado com bolsa integral, além de atender a alguns critérios de renda. As bolsas integrais são destinadas a alunos com renda familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo e as parciais, para candidatos com renda familiar mensal per capita de até três salários mínimos.

O estudante precisa ainda ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 e atingido pontuação mínima de 400 pontos na média das cinco provas. O candidato não pode ter tirado zero na redação.
Os interessados devem acessar a página eletrônica do Prouni e informar o número de inscrição e a senha usados no Enem de 2010 e o CPF. (Por Paula Laboissière).

24 janeiro 2011

'Sua aposta é o fracasso de todos'


Os males do serrismo  


*Por Marcos Coimbra


Não há partidos ou movimentos políticos exclusivamente bons ou unicamente ruins, se os considerarmos em seu tempo e lugar. Na vida real das sociedades, eles são uma mistura de coisas boas e más, de acertos e erros (salvo, é claro, exceções como o nazismo).
Tudo é uma questão de proporção, do peso que o lado ruim tem em relação ao bom. São bons os movimentos políticos e os partidos (bem como as tendências que existem no interior de alguns), cuja atuação tende a ser mais positiva para o País, seus cidadãos e instituições. São os opostos aqueles que fazem o inverso, que agem, na maior parte das vezes, de maneira negativa.
Tome-se o serrismo, um fenômeno pequeno, do ponto de vista de sua inserção popular, mas relevante no plano político. Afinal, não se pode subestimar uma tendência tucana que conseguiu aprisionar o conjunto de seus correligionários, mesmo aqueles que não concordavam com ela (e que eram maioria), e os levou a uma aventura tão fadada ao insucesso quanto a recente candidatura presidencial do ex-governador José Serra. E que tem, além disso, tamanha super-representação na mídia, com simpatizantes espalhados nas redações de nossos maiores veículos.
Por menor que seja sua base social e inexpressiva sua bancada parlamentar, o serrismo existe. E atrapalha. Muito mais atrapalha que ajuda.
Neste começo de governo Dilma, recém-completada sua primeira quinzena, o serrismo já mostra o que é e como se comportará nos próximos anos. Os sinais são de que será um problema para todos, seja no governo, seja na própria oposição.
Vem da grande imprensa paulista (uma insuspeita fonte na matéria), a informação de que seus integrantes estão revoltados com a trégua que outras correntes do PSDB estariam dispostas a oferecer à presidenta. Em vez da “colaboração federativa” buscada pelos governadores tucanos e as bancadas afinadas com eles, os serristas querem “partir para o pau”.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), expoente máximo da tropa de elite serrista, dá o mote, ao afirmar que o PSDB deveria ser duro contra Dilma desde já, de forma a ser uma referência oposicionista no futuro. O pano de fundo do que propõe, percebe-se com facilidade, é posicionar o serrismo (de novo!) para a sucessão de Dilma.

Segundo as informações disponíveis, a primeira meta do grupo de José Serra (cujo tamanho, diga-se de passagem, é ignorado) é aproveitar-se da tragédia das chuvas na região serrana do Rio para golpear a presidenta, responsabilizando-a pela ocupação caótica de encostas e outras áreas de risco nas cidades atingidas. Para esses personagens, seria a incompetência de Dilma, à frente do PAC, a causa de tantas mortes e sofrimento. Ou seja, vão tentar vender a versão de que, se ela fosse melhor gerente, nada teria acontecido.
Em nossa permissiva cultura política, não há surpresa no oportunismo da proposta. Ninguém se espanta que alguém faça um jogo como esse, que queira tirar dividendos de uma catástrofe e que, para isso, torça fatos e procure­ enganar os incautos. Todos nos acostumamos com essa falta de seriedade. 
Mas até os mais céticos ficam perplexos com o contraste entre o que dizem agora os serristas e o que foi a campanha que fizeram na eleição de 2010.
Ou será que ninguém ouviu José Serra se apresentar como “verdadeiro continuador” de Lula? Que não viu Serra evitar qualquer crítica ao ex-presidente, dizendo que concordava com ele e que nada mudaria em seu governo (a não ser aumentar o salário mínimo para 600 reais e conceder uma 13ª parcela do Bolsa Família aos beneficiários)? 
Derrotado, o serrismo virou oposição intransigente, e quer levar os grupos vitoriosos de seu partido com ele. Enquanto esteve à frente do governo de São Paulo, buscou a boa convivência e a colaboração com o Planalto, avaliando que, ao agir dessa maneira, aumentava suas­ chances na sucessão de Lula. Agora que não tem escolha, se exime de qualquer compromisso e parte para o pau.
É pouco provável, no entanto, que consiga arrastar o restante do PSDB e os demais partidos de oposição para a radicalização anti-Dilma. No fundo, o serrismo apenas tenta preservar algum espaço em um cenário cada vez mais desfavorável para seus propósitos.
É só se tudo der errado, seja para a presidenta, seja para as novas forças oposicionistas, que o serrismo tem sobrevida. Sua aposta é o fracasso de todos.



*Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense.


Fonte: Carta Capital

JQ em em Brasília


Deputado Júlio Quadros visita ministérios em Brasília

O deputado estadual Júlio Quadros (PT/RS)  esteve em Brasília no último dia 20/01 realizando uma extensa agenda que  contemplou  uma visita ao ministro interino de Minas e Energia, Marcos Zimermann,  onde foi  pautado, entre os diferentes assuntos apresentados, a questão da utilização do carvão mineral como fonte de energia. O deputado enfatizou a importância do país ter uma diversidade de fontes na matriz elétrica nacional. “O Brasil tem predominância hidráulica, mas deve ter fontes variadas e nesse sentido há espaço para o carvão”, defendeu.
 
Quadros observou, ainda, que a utilização do carvão mineral, como combustível complementar, deve ser seguido de tecnologia que propicie redução de impacto ambiental. O deputado reforçou que “a Face C da Usina de Candiota, no Rio Grande do Sul, é uma demonstração disso, levando energia firme a um milhão de pessoas com a utilização de tecnologia moderna”. A audiência foi acompanhada por Altino Ventura Filho, secretário de Planejamento Energético e pelo chefe de gabinete Jarbas Matos, ambos do Ministério de Minas e Energia.
 
Cultura e   Comunicação
 
O deputado gaúcho visitou também o ministério da Cultura, apresentando demandas encaminhadas  por sindicalistas, comunicadores, agentes culturais e prefeituras municipais.  Ele ainda  participou das oficinas e abertura oficial do VII Congresso Nacional da Abraço em realização no Museu Nacional – conjunto cultural da República do Brasil, que reúne comunicadores de rádios comunitárias de 24 estados. Durante a visita, Júlio Quadros foi recebido pelo secretário-executivo do MinC, Vitor Ortiz, gaúcho de Viamão. Esteve, mais tarde,  também no Ministério de Comunicações, no qual encaminhou diferentes pleitos envolvendo rádios comunitárias de Porto Alegre e do interior e assuntos referentes ao sistema de televisão pública.

Defensor das rádios comunitárias como ferramenta para a democratização da comunicação no País, Júlio Quadros acentuou,  no congresso da Abraço, que este movimento nacional das rádios comunitárias “representa um exercício de cidadania, de direito à comunicação e, portanto, não deve ser criminalizado”. Ele confia que o Governo Dilma Rousseff encaminhará propostas de ajustes e aperfeiçoamento na legislação específica e que fortalecerá as ações das rádios comunitárias fundamentais para que o povo brasileiro tenha uma comunicação mais democrática e seguindo os princípios da livre expressão. (Com Vera Daisy Barcellos - MTB 3804 e  http://www.al.rs.gov.br/)

Foto: Dep. Júlio Quadros com o ministro interino de Minas e Energia, Marcos Zimermann - Créditos do blog do dep. JQ

23 janeiro 2011

Angélica



*Clipe criado a partir do filme Zuzu Angel, com Patrícia Pillar, tendo na direção  Sérgio Resende.   Música: 'Angélica', de Chico Buarque.  

Zuzu Angel  era mãe de Stuart Edgart Angel Jones (casado com Sônia Maria Lopes de Moraes  Angel Jones, também assassinada pela ditadura, vide post abaixo), morto sob tortura em 1971, no RJ. 

Zuleika Angel Jones, a Zuzu Angel, como era conhecida, foi uma das maiores estilistas brasileiras e morrreu em um acidente automobilístico  provocado por seus algozes,  em 1976, quando investigava o desaparecimento do  seu filho nos porões da ditadura militar. Seu assassinato   ficou oficialmente provado, 22 anos depois de sua morte, através de depoimentos de testemunhas oculares e de perícias realizadas por técnicos do Ministério da Justiça.

22 janeiro 2011

Sônia Angel



A história da estudante Sônia Maria de Moraes Angel Jones

Sônia Maria Lopes de Moraes Angel Jones nasceu em 9 de novembro de 1946, em Santiago do Boqueirão, Estado do Rio Grande do Sul, filha de João Luiz Moraes e Cléa Lopes de Moraes.

Foi morta aos 27 anos em 1973, em São Paulo. Estudou no colégio de Aplicação da antiga Faculdade Nacional de Filosofia e, posteriormente, na Faculdade de Economia e Administração da UFRJ, mas não chegou a se formar, sendo desligada pelo Decreto nº477, de 24 de setembro de 1969.

No Rio, trabalhava como professora de Português no Curso Goiás.

Casou-se, em 18 de agosto de 1968, com Stuart Edgar Angel Jones, militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).

Em 1° de Maio de 1969, foi presa por ocasião das manifestações de rua na Praça Tiradentes/RJ com mais três estudantes, levada para o DOPS e, posteriormente, para o Presídio Feminino São Judas Tadeu. Somente foi libertada em 6 de agosto de 1969, quando foi julgada e absolvida por unanimidade pelo Superior Tribunal Militar. Passou a viver na clandestinidade.

Em maio de 1970 exilou-se na França, onde se matriculou na Universidade de Vincennes e, para se sustentar, trabalhou na Escola de Línguas Berlitz, em Paris, onde lecionava Português.

Com a prisão e desaparecimento de Stuart pelos órgãos brasileiros de repressão política, Sônia decidiu voltar ao Brasil para retomar a luta de resistência. Ingressou na ALN e viajou para o Chile, onde trabalhava como fotógrafa. Posteriormente, em maio de 1973, retornou clandestinamente ao Brasil, indo morar em São Paulo. Em 15 de novembro de 1973 alugou um apartamento em São Vicente, junto com Antônio Carlos Bicalho Lana, com quem se unira. Seu apartamento passou a ser vigiado, sendo presa, juntamente com Antônio Carlos, no mesmo mês, por agentes do DOI-CODI/SP, tendo o II Exército divulgado a notícia de que morrera, após combate, a caminho do hospital (O globo 1º de dezembro de 1973).

Foi assassinada sob torturas no dia 30 de novembro de 1973, juntamente com Antônio Carlos Bicalho Lana.

-Leia a história (de vida e  morte) da lúcida, consciente   e corajosa santiaguense Sônia Maria Lopes de Moraes Angel Jones (postado originalmente no blog Razão CríticaClicando Aqui   Aqui

***
Nota do Editor: Tenho certeza de que a maioria dos nossos conterrâneos não tem conhecimento de quem foi a Sônia, essa jovem gaúcha trucidada em São Paulo aos 27 anos pelos torturadores a soldo da  odiosa ditadura militar. Esta postagem pretende auxiliar a recompor a verdade histórica e preencher essa lacuna existente na memória do nosso povo.

Santiago e o RS estão devendo (e por isso deveriam redimir-se, ainda que tardiamente) uma justa homenagem à esta sua filha, morta precocemente, e de forma tão infame e covarde. Jovem esta que demonstrou coragem, consciência política, determinação e amor ao seu povo - quando muitos vacilaram, se acovardaram ou mesmo trairam a Nação.  Júlio Garcia
 
Atualizada às 21,30 h de 22/01/2011

21 janeiro 2011

Foi por amar...



*Das Dores de Oratórios - João Bosco

'Porque o amor é como fogo,
Se rompe a chama
Não há mais remédio'

Foi por amar
Que ela iô iô iô
Se amasiou com a tal solidão do lugar.

Foi por amar
Que ela iô iô iô
Só pecou nas noites de sonho ao gozar.

Foi por amar
Que ela iô iô iô
Só ficou só
Ele a deixou
Só ficará... hum! Foi por amar!

Foi no altar
Que ela iô iô iô
Noiva que um andor podia carregar.

Foi no altar
Que ela iô iô iô
Dor que a própria dor de Das Dores será.

Foi no altar
Que ela iô iô iô
Não virá?
Não.

Ele virá...
Não, não virá... hum! Foi no altar
Era um lugar
Era iô iô iô
Salvador Maria de Antonio e Pilar.

Era um lugar
Era iô iô iô
Seixo que gastou de tanto esperar.
Louca a gritar

Ela iô iô iô
Esquecer, quem há de esquecer
O sol dessa tarde... hum! Sol a gritar.

Juros


Uma decisão conservadora

*Por Paulo Daniel

A decisão tomada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) em aumentar a taxa de juros não se trata simplesmente de discutir se aumentou em 1% ou 0,5% p.p., mas sim, compreender a política monetária implementada, ou seja, o pensamento ortodoxo está impregnado no Banco Central e do ponto de vista monetário, qual é seu ideário?

Para esses economistas, geralmente o produto real é dado pela sua oferta, a única variável determinada pela demanda é o nível de preços (inflação). A procura por bens e serviços é determinada pela quantidade de moeda (nível de crédito, taxa de juros), portanto, políticas monetárias expansionistas, ou seja, abundância de crédito e moeda no mercado afeta diretamente o nível geral de preços.

Nesse modelo, a demanda possui um papel totalmente passivo na determinação do produto. Neste sentido, a política monetária está mais preocupada com o lado monetário do que com qualquer outra variável real econômica, como salários, emprego, investimentos etc. Essa foi e está sendo a política do Banco Central nos últimos 16 anos. (...)

-Leia o artigo completo, publicado originalmente na Carta Capital*, Clicando Aqui

Porto Alegre 2012


MEXEM-SE OS AGUAPÉS NO PT DE P. ALEGRE

                                              Ruy Gessinger escreve:

As eleições municipais serão no ano que vem, mas algumas articulações já existem, conforme me informou um cotovio que conhece bem os meandros.

O ver. Adeli Sell é pré-candidato, inclusive está se formando um Movimento forte para apoiá-lo. Outros possíveis nomes do PT que poderão também colocarem-se na disputa são: Sofia Cavedon (apoiada pela DS); Henrique Fontana (ED, mesmo campo da Sofia, mais remotamente); o dep. Villaverde , ao que consta, não se lançaria. Também não está descartada uma composição do PT com o PCdoB (Manuela), trazendo junto o PSB e o PRB.

Mais complicada seria uma aliança com o PMDB e o PDT.

Sofia, pelo que vi no programa que gravamos e que vai ao ar hoje pela TV Pampa, está com toda a corda.

Adeli, por seu turno, agrega uma baita bagagem e postula a vaga com todo o merecimento.

A ver se o Paulo Sérgio o convida uma hora dessas.

Fonte: Blog do Ruy Gessinger  http://blog.gessinger.com.br/

*Edição deste blog

20 janeiro 2011

Pântano de Intolerância


Do fundo das trevas

Laurez Cerqueira escreve:

Nos últimos meses o Brasil passou a viver uma escalada do anacronismo que preocupa.

Lá, no fundo da história, revirado no ano passado pelo candidato José Serra nas eleições, estava o atraso, sereno como um pântano coberto pela intolerância e por preconceitos de toda natureza. Movido por uma ambição desmedida pelo poder, José Serra não teve o menor pudor em trazê-lo de volta à tona. Trouxe junto o que há de mais abominável no reino da política: o ódio de classe. Serra deu voz a setores que cultivam valores medievais, derrotados no processo de democratização do país, e proporcionou-lhes espaço para estúpida performance no cenário político nacional.

Alimentados por instituições religiosas, educacionais e políticas que não aceitam as diferenças, os preconceitos e o ódio de classe se espraiam pela internet e pelas ruas em ondas de intolerância, principalmente entre jovens ainda vulneráveis a apelos desses grupos, no vácuo da ausência de escolas laicas e democráticas. O atraso está por aí, vociferante, e pode até atacar cidadãos mortalmente, como já aconteceu.
 
Recentemente o líder da pregação pelo boicote à candidata Dilma Rousseff na campanha presidencial, o bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonzini, encampou nova mobilização que repercutirá na esfera política. Ele recolhe nas paróquias sob sua jurisdição assinaturas para um projeto de iniciativa popular que visa eliminar a permissão legal ao aborto nos casos de estupro e risco à vida da mãe. O movimento já conta com o respaldo de oito dioceses e foi referendado em reunião da Regional Sul-1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que abrange as principais cidades de São Paulo.

A escalada de intolerância ganhou força com a articulação da campanha eleitoral de José Serra. Uma avalanche de mensagens acintosas inundou a internet naquele período, continua a alimentar o anacronismo e promove ações em várias localidades no país. Os atentados que estão ocorrendo são inadmissíveis.(...)
-Leia o artigo completo, postado originalmente na Carta Maior, Clicando Aqui

Alstom e tucanos sob suspeição


Justiça britânica suspeita que Alstom pagou propina no governo de SP


A Justiça britânica suspeita que dois funcionários da empresa francesa Alstom seriam responsáveis por organizar o pagamento de propinas para funcionários públicos no Brasil, mais precisamente em São Paulo, estado comandado pelos tucanos há quase vinte anos. Os funcionários da empresa, segundo os britânicos, teriam pago mais de US$ 120 milhões em propinas para garantir contratos públicos em todo o mundo.

Parte teria vindo para o Brasil, num caso em que a Justiça suíça já informou ao Ministério Público. As suspeitas são de que a rota do pagamento de propinas passava por Paris, Londres e chegava a funcionários públicos brasileiros, entre outros. Em São Paulo, a suspeita está relacionada com os contratos do Metrô.

Na França e na Suíça, a Alstom é suspeita de ter distribuído milhões de dólares entre 1995 e 2003 para garantir contratos no Brasil. Venezuela, Indonésia e outros mercados emergentes também receberam propinas.

O deputado Devanir Ribeiro (foto, do PT-SP) estranhou que, até agora, os únicos punidos são os usuários do metrô de São Paulo. ”É preciso mudar a sistemática e castigar severamente quem recebe propinas, retendo seus bens; no caso de funcionário público, deve ser desligado do serviço público”, disse o parlamentar. Devanir criticou os tribunais de Contas dos Estados e da União. “ Esse tribunais , em vez de parar as obras e os serviços prestados à população, deixando o cidadão largado à própria sorte, deviam se concentrar na punição aos agentes que receberam subornos”.

Os envolvidos seriam Stephen Burgin, presidente da unidade inglesa da Alstom, e Robert Purcell, diretor financeiro. Ambos haviam sido detidos em 2010 para questionamento e a Alstom optou por lançar um processo questionando a atitude dos britânicos. Agora, a documentação dos britânicos alega que eles fariam parte de uma célula que organizava o pagamento da propina. Eles teriam pago propinas a funcionários públicos estrangeiros como forma de garantir contratos públicos.


Rotas

A Justiça suíça confirmou que manteve reuniões com a Justiça brasileira em relação ao caso e que já havia informado que uma das rotas da propina passava pelo Reino Unido. A suspeita é de que o dinheiro sairia da matriz em Paris, seguiria para o escritórios na cidade de Rubgy e de lá aos brasileiros.

Segundo as conclusões do Escritório contra Fraude no Reino Unido, o pagamento estaria disfarçado de pagamentos de consultorias. Na Suíça, contas em nome de 19 pessoas físicas e jurídicas brasileiras estão bloqueadas. Suspeita-se que o dinheiro seria fruto de pagamentos de propinas da Alstom para garantir contratos públicos.

Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e chefe da Casa Civil do governador Mário Covas entre 1995 e 1997, também está sendo investigado.
Para lembrar

Em 2008, o Wall Street Journal revelou que a Alstom estava sendo investigada por pagar propina a funcionários públicos no Brasil. Segundo o Ministério Público suíço, políticos brasileiros favoreceram a empresa em licitação do Metrô de São Paulo. A Suíça bloqueou uma suposta conta do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Robson Marinho. Ele teria recebido US$ 1 milhão da Alstom. Em dezembro do ano passado, a Justiça quebrou os sigilos fiscal e bancário de Marinho. As investigações continuam.
(Informes/PT-Câmara dos Deputados)

19 janeiro 2011

Lamento Sertanejo



*Lamento Sertanejo - Gilberto Gil/Dominguinhos

Até tu, Pedro Jorge?!!


Pedro Simon pede aposentadoria de ex-governador

Porto Alegre/RS - Sul 21 -  O senador e ex-governador gaúcho Pedro Simon (PMDB) solicitou aposentadoria como governador do Estado, após 20 anos. Ele já recebeu a aposentadoria referente aos meses de novembro e dezembro do ano passado, além da parcela correspondente ao 13º salário. Pedro Simon governou o Rio Grande do Sul de 1987 a 1990. A aposentadoria para os ex-governadores do Rio Grande do Sul é de R$ 24.117,12, igual a de um desembargador da Justiça do Estado. Quando solicitiou a aposentadoria, o salário de senador era de pouco mais de R$ 16 mil, mas atualmente foi reajustado para R$ 26.700,00.

Lei estadual de 1979, atualizada em 1995, determina que o ex-governador não receba a aposentadoria caso exerça função pública ou emprego em empresas estatais. Por esta lei estadual, de número 10.548, Simon deveria abrir mão do salário de senador em que ele tem mais quatro anos para cumprir. Não há informações ainda sobre uma possível renúncia de Simon ao Senado.

Com Simon, são 7 ex-governadores e 3 viúvas que recebem aposentadoria do Estado. A partir de janeiro este número vai aumentar porque a ex-governadora Yeda Crusius requereu sua aposentadoria no último dia de seu governo. E o pedido foi aceito. (Por Jorge Seadi, com informações da FSP).

18 janeiro 2011

Querida



*Querida - Tom Jobim

Longa é a tarde, longa é a vida
De tristes flores, longa ferida
Longa é a dor do pecador, querida


Breve é o dia, breve é a vida
De breves flores na despedida
Longa é a dor do pecador, querida
Breve é a dor do trovador, querida


Longa é a praia, longa restinga
Da Marambaia à Joatinga
Grande é a fé do pescador, querida
E a longa espera do caçador, perdida

O dia passa e eu nessa lida
Longa é a arte, tão breve a vida
Louco é o desejo do amador, querida, querida


Longo é o beijo do amador, bandida
Belo é o jovem mergulhador, na ida
Vasto é o mar, espelho do céu, querida, querida


Querida


Você tão linda nesse vestido
Você provoca minha libido
Chega mais perto meu amor bandido
Bandida, fingido, fingida, querido, querida

Universo



*O Universo Conhecido

Solidariedade ao Rio de Janeiro


SOS Rio de Janeiro: Câmara de Porto Alegre colabora com a Defesa Civil

Câmara se engaja em mutirões de solidariedade às vitimas dos temporais na região Sudeste do País

Porto Alegre/RS - A presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadora Sofia Cavedon (PT), disponibilizou à Defesa Civil um grupo de funcionários para ajudar na organização das doações às vitimas da Região Serrana do Rio de Janeiro.

Conforme Sofia (foto), que realizou a primeira entrega de donativos arrecadada pelo legislativo municipal na manhã desta terça-feira, 18, a Defesa Civil o apoio para viabilizar o transporte dos materiais, que iniciará nesta quarta-feira, 19. “A equipe está pequena e as doações são muitas. Voluntários estão sendo bem recebidos”, enfatizou a presidente. Ela informa ainda que o transporte está garantido, através da empresa Mercúrio, que colocou vários caminhões à disposição.

As doações podem ser realizadas no posto de coleta da Câmara – Av. Loureiro da Silva, 255 – ou no Armazém A7 do Cais do Porto onde a Defesa Civil coleta alimentos, água e roupas. (por jorn. Marta Resing - Ass. Comunicação Gab. Verª Sofia Cavedon/PT- 9677.0941)

Edição e grifos deste blog

17 janeiro 2011

Coluna da Presidenta


Coluna da presidenta: abertas inscrições para jornais interessados na publicação

Brasília/DF - A partir desta segunda-feira (17/1), os jornais interessados em publicar coluna semanal assinada pela presidenta Dilma Rousseff podem se inscrever no site da Secretaria de Imprensa da Presidência da República. A coluna terá o formato de perguntas e respostas e deverá ser publicada sempre às terças-feiras.
As perguntas devem ser formuladas pelos leitores dos jornais. Caberá aos veículos enviá-las para o endereço eletrônico da Secretaria de Imprensa, que selecionará três por semana, entre todas aquelas recebidas dos jornais cadastrados, para serem respondidas pela Presidenta.

As perguntas devem tratar de temas relacionados às políticas públicas e de relevância e interesse jornalísticos, considerando que a coluna visa ser mais um instrumento de prestação de contas à sociedade das ações do governo federal.
A coluna será encaminhada aos jornais cadastrados às segundas-feiras para ser publicada na edição do dia seguinte. Todos os jornais receberão exatamente o mesmo material para publicação.

*Veja aqui a íntegra da nota e o formulário de inscrição.

Fonte: Blog do Planalto

Um debate oportuno


Wikileaks e o fim da hipocrisia na administração pública

                                         Marcelo Santos* escreve:

O fenômeno Wikileaks tem dado muito o que falar. Sob a perspectiva da curta história da Internet, pode ser visto como mais uma manifestação de vanguarda na rede que abala as estruturas tradicionais e chacoalha os sistemas de controle do establishment. A reação imediata segue a tônica de seus antecessores e têm sido previsivelmente igual a outros casos relevantes: a infra-estrutura de controle operante ainda sob os paradigmas convencionais de direito de autor e privacidade é ativada para esmagar os arrogantes moleques que surfam na crista da onda digital.


Assim foi com o Napster, com o Pirate Bay e recentemente com o TV Shack, para exemplificar alguns. O caso do Wikileaks tem ainda uma componente mais patética, pois é uma tentativa de desacreditar a organização através de acusações totalmente fora da esfera profissional, no intuito de, provavelmente, desviar o foco e enfraquecer sua popularidade na opinião pública. Em síntese, a mensagem é: que se corte a cabeça de mais um mensageiro e deixemos a revisão dos paradigmas para a próxima geração, enquanto o rei continua desfilando nu.

Mas o último vazamento de Wikileaks no final de novembro do ano passado tem uma diferença radical com os outros casos: mexe com um vespeiro que até então seguia em relativa paz com a internet cá no ocidente: a administração pública. E não exatamente qualquer administração pública, e sim o epicentro (ainda e por enquanto) do poder político do ocidente, quer seja, a Casa Branca. O vazamento dos telegramas que indicam como funciona a comunicação interna da diplomacia estadunidense ganhou status de escândalo rapidamente, graças não à escancarada brecha de segurança, como se poderia esperar, mas sim devido ao tom das ações e comunicações reveladas, que vão do desprezo à prepotência, manipulação e espionagem e que fundamentalmente explicitam a hipocrisia das relações internacionais dos EUA com o resto do mundo.

Não cabe aqui recriminar especificamente os EUA, há outros foros para este fim. Tampouco parece justo afirmar que os EUA são os únicos que praticam política nestes termos. O fator relevante é que pela primeira vez a sujeira debaixo do tapete sai à tona em tempo real e esta conjuntura técnica faz com que o resultado seja infinitamente amplificado. Isto fica claro se tomamos alguns recentes exemplos da diplomacia a posteriori, em que Obama se desculpou com a população guatemalteca pelos experimentos relacionados à sífilis e gonorréia nos anos 1940 ou revelações como as conversas de Nixon com Kissinger planejando a derrocada de Allende no início dos 1970. O impacto midiático e a reação da opinião pública internacional são desproporcionalmente menores quanto mais pretérito for o caso, a revelação, o crime ou até a omissão.

A administração pública, ao ser analisada neste contexto, tem uma particularidade importante: é, ou deveria ser, a expressão representativa de todo o povo que a elegeu. Portanto, um funcionário, concursado ou indicado, deve responder publicamente por seus atos – inclusive por suas palavras – e deve seguir um estatuto particular que caracteriza o serviço público. Dentro destas premissas básicas que compõem a ética do funcionário público, uma tem ganho muito espaço com a chegada da internet, aquilo a que se batizou transparência.

Justamente a radical transparência dos telegramas involuntariamente revelados é o que incomoda. Ao mesmo tempo esta radicalidade alberga algo da quintessência do serviço público. A nova questão que levanta a exposição das tripas da diplomacia estadunidense é que paira no ar a necessidade de remarcação – senão a supressão total – da linha tradicional entre o confidencial e o público na máquina estatal. Afinal, se um deputado, presidente, ministro ou diplomata deve, teoricamente, representar o povo, não poderíamos pleitear que até mesmo aos seus pensamentos o eleitor e o cidadão comum deveriam ter direito de acesso? Mas será possível pensar uma administração pública sem segredos de Estado? Será possível pensar que a administração pública no âmbito das relações internacionais não tivesse segredos de Estado?

Em tempos que convergem a instantaneidade – em que a rede digital conecta e copia infinitamente dados em tempo quase real sem a perda de qualidade da cópia analógica –, a massificação das tecnologias de registro e emissão de mídia – celulares, câmeras e afins - configuram uma impensada onipresença midiática atomizada em cada um dos cidadãos, potenciais emissores/produtores/cineastas – e a viralidade das redes pessoais – amplificando sobremaneira a velocidade de propagação das mensagens e alterando os filtros de informação, deslocando a referência exclusiva dos meios de massa para o amigo do facebook ou a personalidade no twitter – talvez seja a hora de não apenas as figuras públicas, mas qualquer cidadão comum repensar sua postura diante do mundo, pois fica cada vez mais difícil separar de forma controlada vida profissional de vida pessoal, comunicação externa de comunicação interna, relações exteriores de internal affairs.

Arriscando soar utópico, é possível cogitar se estaremos em tempos em que a ubiquidade tecnológica e a cultura de redes forçará todo e qualquer indivíduo a unificar suas diversas "personas", seus discursos moldados segundo a conveniência conjuntural ou a circunstância, de forma a integrar e integralizar tantas facetas em uma única e absoluta identidade. E Assange, juntamente com a garotada do Pirate Bay e do Napster, certamente serão absolvidos, não pela ação de advogados web 2.0, mas pela dinâmica da história.

*Marcelo Luis B. Santos é mestre em Ciências da Comunicação e Semiótica, professor, escritor e consultor em comunicação e democracia.

Fonte: Correio da Cidadania

16 janeiro 2011

Terra Plana



*Geraldo Vandré - Terra Plana/Companheira/Maria Rita


Terra Plana

Me pediram pra deixar de lado toda a tristeza

Pra só trazer alegria e não falar de pobreza.

E mais:

Prometeram que seu cantasse feliz, agradava com certeza.
Eu, que não posso enganar,

Misturo tudo o que vi.

Canto sem competidor, partindo da natureza do lugar onde nasci.

Faço versos com clareza:

A rima, belo e tristeza

Não separo dor de amor.

Deixo claro que a firmeza do meu canto

Vem da certeza que tenho

De que o poder que cresce sobre a pobreza

E faz dos fracos riqueza

Foi que me fez cantador.

Meu sinhô, minha sinhora...
Vou indo esse mundo a fora

Num canto que é tão valente,

E mesmo se está contente

Fala sempre, a toda hora,

Quase num tom de quem chora.

Eu sou de uma terra plana

De um céu fundo e um mar bem largo

Preciso de um canto longo

Pra explicar tudo o que digo

Pra nunca faltar comigo

E lhe dar tudo o que trago.

Meu sinhô, minha sinhora
Aos pés de muitas igrejas

Lá você vai encontrar

Esperança e caridade,

Querendo se organizar.

Mil cegos pedindo esmola

E a terra inteira a rezar.

Se um dia eu lhe enfrentar,

Não se assuste, capitão,

Só atiro pra matar

E nunca maltrato não.

Na frente da minha mira não há dor nem solidão.

E não passo de um castigo que a Deus

Cabe castigar

E se não castiga ele,

Não quero eu seu lugar.

Apenas atiro certo,

Na vida que é dirigida

Pra minha vida tirar...