30 abril 2012

Tanto Mar


Tanto Mar - Chico Buarque de Hollanda

"Tanto Mar" foi composta por Chico Buarque de Hollanda para homenagear o 25 de Abril de 1974, a Revolução dos Cravos, em Portugal.
Enquanto o Brasil completava uma década (das mais de  duas que viveu) sob o regime da ditadura, em Portugal, o Estado Novo ditatorial instituído por Salazar (à época comandado por Marcelo Caetano) era derrubado através do movimento deflagrado pelos jovens 'capitães', com enorme respaldo popular.
Nesta gravação de 1978, Chico explica porque "Tanto Mar" foi censurada no Brasil e o que lhe levou a compor duas versões para a canção.
A versão original foi editada em Portugal, e exalta a vitória dos portugueses. Na segunda versão, Chico considerou a mudança de contexto e estrutura política e fez uma nova leitura dos acontecimentos.

Primeira Versão, censurada:

TANTO MAR

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente alguma flor
No teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera pá
Cá estou doente
Manda urgentemente algum cheirinho
De alecrim

Versão 02, liberada pela censura:

TANTO MAR

Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente um velho cravo para mim

Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente nalgum canto de jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

Canta primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente algum cheirinho de alecrim

(com o Youtube)

Brizola Neto


Brizola Neto é o novo ministro do Trabalho do governo Dilma

Brasília/DF - Na véspera do Dia do Trabalhador, a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu anunciar o nome do novo ministro do Trabalho. O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) vai substituir Paulo Roberto Pinto, que ocupa o cargo há cinco meses como interino. A decisão foi tomada em reunião na manhã desta segunda-feira entre Dilma e o presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi.

O novo ministro, que está em Brasília, foi chamado às pressas ao Palácio do Planalto para ser comunicado da decisão. Brizola Neto disputava a indicação com outros dois nomes. O também deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) tinha a preferência interna do partido, mas sofria forte resistência de Dilma e dos ministros palacianos, entre eles Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. O outro nome, com menos chances, era do secretário-geral do PDT, Manoel Dias.

Brizola Neto (cujo nome completo é Carlos Daudt Brizola), 33 anos, é o mais novo ministro da Esplanada dos Ministérios. Filiado ao PDT desde 1997, é neto do ex-governador Leonel Brizola e foi vereador da cidade do Rio de Janeiro antes de ser eleito para o primeiro mandato como deputado federal, em 2006.

Confira à seguir a nota divulgada pela Presidência da República:

"Nota à Imprensa

A presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou hoje o deputado Brizola Neto para assumir o Ministério do Trabalho e Emprego. A presidenta manifestou confiança de que Brizola Neto, ex-Secretário de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, ex-vereador e deputado federal pelo PDT, prestará grande contribuição ao país.

A presidenta agradeceu a importante colaboração do ex-ministro Carlos Lupi, que esteve à frente do Ministério no primeiro ano de seu governo, e do ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República"

*Com o Portal Terra

(13,26h)

29 abril 2012

'A ideologização da notícia'


'Mais uma vez, apelamos às redes'

"Eu passei a responder através dos “blogs” e das redes, porque esta forma de colunismo que estamos falando é, também, uma armadilha: constrói fatos para promover a sua visão de mundo, de Estado e de política, e também quer monopolizar o debate, frequentemente só publicando parte das respostas daqueles que são alvos da suas invenções." (Tarso Genro) 

Pela segunda vez neste mês, um articulista de ZH utiliza o espaço do jornal para fazer ataques diretos a políticos do governo do Estado, reportando-se diretamente à pessoa do governador. Neste domingo, foi a vez da jornalista Rosane de Oliveira "sentenciar" que Tarso Genro (foto) será "incoerente ou irresponsável", na solução para o pagamento do piso nacional do magistério. A colunista desconsidera o fato de que o governo da Unidade Popular Pelo Rio Grande adotou uma outra posição para retirar o estado da crise, que não a do governo anterior de criação do "déficit zero", que diminuiu as funções do Estado, sucateou a administração pública e congelou salários.

Neste sábado, ao ler a coluna, quando voltava de mais uma edição da Interiorização de Governo, em Rio Grande, o governador fez algumas considerações sobre o novo episódio de ideologização da notícia, através do falseamento da verdade.

1- Sobre o Colunismo Político predominante

"É um certo tipo de colunismo político que ainda não se esgotou no país, mas que tende rapidamente a esgotar-se pela falta de credibilidade, pois ele vem perdendo a sua capacidade de transmitir informações e críticas fundadas. Ele perdeu a “fala” universal, que caracterizou os grandes colunistas políticos do país, com capacidade de informar e criticar com seriedade e passou a defender posições ideológicas dissimuladas, “adaptando” ou inventando os fatos, para contentar um público determinado –aquele que este tipo de jornalismo cativa, com seus malabarismos factuais e lugares comuns: os que adoraram as ideias do neoliberalismo que está levando a Europa à ruína e que, aqui, foram retratados no famoso “déficit” zero. Aliás, não é de graça que a colunista de política da Zero Hora é a mais saudosa do “déficit zero”, que não só paralisou o estado, mas aplicou um brutal arrocho salarial nos servidores, situação que agora estamos começando a reverter".

2- As constantes criações de factóides e inverdades

"O mesmo estilo de jornalismo político que "define" que o governador será incoerente ou irresponsável, é o mesmo que inventou, por exemplo, que eu defendi uma posição contrária aos sistema de PPPs no caso da RS 10, quando, na verdade, defendi e defendo a PPP e tenho negociado com os prefeitos a adaptação para baratear a proposta. Nunca fui contrário a PPPs. O que sou contrário é que elas sejam apenas um negócio bom para as empresas e não atendam o interesse público. Sou, inclusive, um dos elaboradores da atual lei que rege as parcerias público-privadas no país, cuja redação foi comandada pelo Fernando Haddadd quando ele era Secretário do Ministério do Planejamento e eu era ministro do CDES, no primeiro governo Lula. Este tipo de jornalismo inventa, por exemplo, que prometi “mundos e fundos” para os servidores e que prometi pagar o piso dos professores imediatamente. Isso é uma deslavada inverdade, pois está gravado nos debates e está escrito numa carta remetida ao CPERS que nós criaríamos as condições para pagar o piso e que isto ocorreria de forma processual. Esta foi e é a minha posição. Nunca prometi "mundos e fundos", mas uma política de recuperação salarial que está sendo implementada, e que, aliás, está sendo criticada pela oposição, representada na coluna de ZH de domingo pelo presidente do PP e ex-secretário de Relações Institucionais do governo anterior, Celso Bernardi. Este jornalismo, recentemente, também inventou que a nossa proposta de aumento para uma parte da categoria dos professores era a mesma da governadora Yeda. E o fez rapidamente, sem ter a mínima noção do que é uma transação judicial. Omitiu deliberadamente que a posição do governo não exigiu nenhuma renúncia de direito pelos servidores do magistério; que a nossa posição não retira a proposta de alcançar o piso até 2014; que ela não exigiu a alteração do "quadro de carreira" e que o aumento atual constituiu-se, apenas, em mais um aumento -um adiantamento de aumento ao magistério. Ao dizer isso -que a nossa proposta era igual a da governadora Yeda- a colunista revela duas coisas: primeiro, que não se informou sobre o que estava acontecendo e, segundo, que se apressou a forjar uma suposta informação que confirmaria a nossa “incoerência”. Na verdade, quando ela fala em incoerência, quer é lembrar que o bom era o “déficit zero”. Por isso sua análise das nossas medidas salariais envolve dois extremos: critica os aumentos excessivos aos servidores e diz, ao mesmo tempo, que os aumentos -no caso dos professores- são insatisfatórios".

3- Sobre a estratégia, pouco compreendida ou não aceita pela oposição ao nosso governo, de consolidar o Estado como indutor do desenvolvimento ecônomico e social

"A nossa estratégia, até agora, está dando certo: usar os recursos próprios para reorganizar a máquina pública que estava destruída e melhorar os salários dos servidores; buscar recursos do Governo Federal para investimentos -inclusive através do recebimento da dívida da União com a CEEE; buscar financiamentos no BID, no Banco Mundial e no BNDES; aumentar, com meios técnicos adequados, as receitas sem aumentar impostos; estabelecer uma política de relações internacionais para atrair investimentos produtivos; retomar o crescimento no estado tendo como ponto de partida a base produtiva local, voltados para a renovação da nossa base tecnológica; fazer um “déficit” responsável sem cair na armadilha neoliberal de reduzir políticas de proteção e promoção social, deixando os pobres a ver navios".

4- A utilização das redes socias e dos blogs para responder à grande mídia

"Eu passei a responder através dos “blogs” e das redes, porque esta forma de colunismo que estamos falando é, também, uma armadilha: constrói fatos para promover a sua visão de mundo, de Estado e de política, e também quer monopolizar o debate, frequentemente só publicando parte das respostas daqueles que são alvos da suas invenções. Quando se tratam de matérias que contam fatos verdadeiros e que pendem, sobre ela, uma interpretação política, ideológica ou econômica, acho adequado que se responda pelo próprio jornal, quando ele permite a resposta, como, aliás, é o caso da Zero Hora".

5- Direito de resposta também em tom crítico

"Tenho respeito pela colunista Rosane de Oliveira. Acho que ela cumpre rigorosamente o seu papel crítico, que é esperado pelo jornal a que serve, que, como sabemos, não pode ser considerado simpatizante do projeto que nós, do PT e da esquerda, representamos. Mas ela merece, da nossa parte, a atenção e respeito que temos com todas as forças políticas democráticas do estado. Nem acho que se trata de má-fé, mas de miopia ideológica: se os fatos não tem confirmado que o Tarso é incoerente, mas, ao contrário, tem confirmado que temos aplicado o nosso programa de governo de forma coerente, é preciso “adaptar” os fatos e repetir a acusação de incoerência para, ao final, consolidar uma “verdade” pela repetição. E também, imediatamente, para salvaguardar a defesa do “déficit zero”, que sempre foi apresentado pela colunista como um exemplo de boa gestão pública".

6- Sugestão

"Assim como fui cobrado como governador, também defendo que a colunista seja mais responsável e não crie falsas incoerências ou irresponsabilidades. Recomendo à ela, por exemplo, que leia todas as colunas do falecido Carlos Castello Branco, do Márcio Moreira Alvez e do grande Newton Carlos, paradigmas da seriedade no jornalismo político".

Por Assessoria de Imprensa do Palácio Piratini - (via PTSul) - Edição final deste blog

28 abril 2012

Gregory Corso



A BAGUNÇA TODA... QUEM SABE

Subi seis lances de escada
até meu pequeno quarto mobiliado
abri a janela
e comecei a jogar fora
as tais coisas mais importantes na vida

Primeiro, a Verdade, ganindo como um dedo-duro:
“Não! Direi coisas terríveis de você!”
“Ah, é? Não tenho nada a esconder... FORA!”
Depois, Deus, assombrado, corado e choroso de espanto:
“Não é culpa minha! Não sou a causa de tudo isso!” “FORA!”

Depois o Amor, aliciando subornos: “Você não conhecerá a impotência!
As garotas da capa da Vogue, todas suas!”
Apertei sua bunda gorda e gritei:
“Seu destino é um desvalido!”

Peguei a Fé, a Esperança e a Caridade
as três juntas abraçadas:
“Você não vai sobreviver sem nós!”
“Estou pirando com vocês! Tchau!”

Depois a Beleza... Ah, a Beleza –
Tão logo a levei até a janela
disse: “Você eu amei mais na vida
... mas é uma assassina; a Beleza mata!”
Sem querer realmente atirá-la
desci correndo as escadas
chegando a tempo de apanhá-la
“Você me salvou!” sussurrou
Coloquei-a no chão e disse: “Anda.”

Subi de volta as escadas
procurei o dinheiro
não havia dinheiro pra jogar fora.
Só restava a Morte no quarto
escondida atrás da pia da cozinha:
“Não sou real!” gritou
“Não passo de um rumor espalhado pela vida...”
Atirei-a fora com a pia e tudo, sorrindo
e então notei que o Humor
era tudo que havia restado –
Tudo que pude fazer com o Humor foi dizer:
“A janela fora com a janela!”

                                        Gregory Corso

Tradução: Márcio Simões
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Gregory Corso (1930-2001) compõe com Allen Ginsberg e Lawrence Ferlinghetti a tríade de poetas centrais do muito incensado, mas insuficientemente compreendido, movimento de renovação poética e literária ocorrido na segunda metade do século XX nos Estados Unidos, fazendo parte do núcleo que viria a ser conhecido por geração Beat. A poesia de Corso é a mais bem-humorada do grupo, com forte influência dos românticos e dos surrealistas, produzindo muitas vezes poemas impagáveis, de fatura primorosa, calcados numa imaginação delirante e sem-limites. [MS]

27 abril 2012

PT da capital gaúcha 'aquecendo os tambores'...


Plenária do PT/Porto Alegre mobiliza militantes para campanha eleitoral

O auditório do Ritter Hotel (centro da capital gaúcha) ficou lotado na noite de ontem (26.04) para mais uma Plenária de Mobilização e Trabalho do Partido dos Trabalhadores de Porto Alegre. Os presidentes municipal e estadual do partido, vereador Adeli Sell e deputado Raul Pont, respectivamente, o secretário Marcelo Danéris, além de vereadores, lideranças e militância, que apesar da chuva e do frio, compareceram em peso à atividade, foram até o local para escutar o pré-candidato do PT ao Executivo Municipal, Adão Villaverde.

A ideia central do partido neste ano será apresentar um programa que aprofunde um projeto de esquerda popular, visando colocar Porto Alegre na vitrine do Estado, do Brasil e do mundo. De acordo com o pré-candidato, o processo se dará num período de consolidação política e de reafirmação de um projeto de esquerda, largamente aprovado pelos brasileiros.

“Somos um projeto e temos uma candidatura. Vamos defendê-la de A à Z junto às nossas relações”, afirmou Villaverde, ao ressaltar a capacidade de diálogo e disputa do partido.

Villa também explicou a importância do “Diálogos com Porto Alegre”, programa partidário que busca promover uma interação direta com diversas vilas, regiões, bairros e setores da cidade. Trata-se de um projeto que vai ouvir a sociedade e buscar elementos que auxiliem na construção de um programa de cidade moderna, para o presente e para o futuro, sem perder o acúmulo dos seus 240 anos.

Na oportunidade, também foi apresentada pelo coordenador-geral da campanha Gerson Almeida a equipe que trabalhará no processo.

Libras

A Plenária também contou com uma iniciativa inusitada. Foi traduzida para a linguagem dos sinais para contemplar militantes com deficiência auditiva. “Temos a obrigação e o dever de nos comunicarmos plenamente com todos os nossos filiados”, explicou o presidente municipal do PT, vereador Adeli Sell.

*Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA - http://ptpoa.com.br

Foto: Deputado Adão Villaverde e o vereador Adeli Sell durante a plenária do PT de Porto Alegre/RS.

26 abril 2012

Cotas: Parabéns, Brasil!


Cotas raciais em universidades são consideradas constitucionais por unanimidade no Supremo

Brasília/DF –  Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram hoje (26), por unanimidade, que a reserva de vagas em universidades públicas com base no sistema de cotas raciais é constitucional. Durante dois dias de julgamento, os ministros analisaram a ação ajuizada pelo partido Democratas (DEM), em 2009, contra esse sistema na Universidade de Brasília (UnB).

O último ministro a se manifestar, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, disse que a política compensatória é justificada pela Constituição. Para ele, os erros de uma geração podem ser revistos pela geração seguinte.

“O preconceito é histórico. Quem não sofre preconceito de cor já leva uma enorme vantagem, significa desfrutar de uma situação favorecida negada a outros”, explicou Britto.

Nove ministros acompanharam o voto do relator, Ricardo Lewandowski. O ministro Antônio Dias Toffoli se declarou impedido de votar, porque quando era advogado-geral da União posicionou-se a favor da reserva de vagas. Por isso, dos 11 ministros do STF, somente dez participam do julgamento.

Para o ministro Celso de Mello, as ações afirmativas estão em conformidade com a Constituição e com as declarações internacionais às quais o Brasil aderiu. De acordo com a ministra Cármen Lúcia, as políticas compensatórias garantem a possibilidade de que todos se sintam iguais.

“As ações afirmativas não são as melhores opções. A melhor opção é ter uma sociedade na qual todo mundo seja livre par ser o que quiser. Isso é uma etapa, um processo, uma necessidade em uma sociedade onde isso não aconteceu naturalmente”, disse a ministra.

A UnB foi a primeira universidade federal a instituir o sistema de cotas, em junho de 2004. Atos administrativos e normativos determinaram a reserva de 20% do total das vagas oferecidas pela instituição a candidatos negros (entre pretos e pardos).

A ação afirmativa faz parte do Plano de Metas para Integração Social, Étnica e Racial da UnB e foi aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. No primeiro vestibular, o sistema de cotas foi responsável pela aprovação de 18,6% dos candidatos. A eles, foram destinados 20% do total de vagas de cada curso oferecido. A comissão que implementou as cotas para negros foi a mesma que firmou o convênio entre a UnB e a Fundação Nacional do Índio (Funai), de 12 de março de 2004.

*Com a Agência Brasil

Plenária do PT/Porto Alegre

 
PT de Porto Alegre realiza Plenária

Apostando em sua militância e ativismo, o Partido dos Trabalhadores de Porto Alegre/RS está convidando  seus filiados e simpatizantes para participar de mais uma Plenária de Mobilização. A atividade será realizada nesta quinta-feira (26.04), às 18:30, no Ritter Hotel  (frente à Estação Rodoviária).

Na pauta, o debate sobre a conjuntura política, as ações dos governos Dilma e Tarso e a preparação da pré-campanha de Adão Villaverde (foto) ao Executivo Municipal nas próximas eleições.

Participe! Traga a sua bandeira! Junte-se a nós!

*Via Asscom PT-POA  -  ptpoa.com.br  -  Foto: Ramiro Furquim (Sul21) 

(13,17h) 

25 abril 2012

Viva a Revolução dos Cravos!



* Grândola Vila Morena  - de Zeca Afonso - por vários artistas (via  TV da Galicia/Portugal) 

(Singela homenagem do Blog no transcurso dos  38 anos da vitória da 'Revolução dos Cravos')

1 bilhão para o Metrô - Porto Alegre


Presidenta Dilma anuncia R$ 1 bilhão para implantação do metrô em Porto Alegre

Membro titular da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados, Paulo Ferreira (PT/RS) acompanhou na manhã de hoje a cerimônia de anúncio dos projetos que serão contemplados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana. A presidente Dilma Rousseff, acompanhada pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, divulgou que serão investidos R$ 32 bilhões para a implantação de metrôs, veículos leves sobre trilho (VLT) e corredores de ônibus em cidades com mais de 700 mil habitantes. Serão beneficiados 51 municípios em 18 estados brasileiros, atingindo cerca de 53 milhões de cidadãos.

Em seu discurso, a presidente Dilma afirmou que o país precisa investir em metrôs. "Antes, as cidades não tinham condições de fazer isso porque era muito caro. Hoje, os governadores têm enorme dificuldade para construir metrôs com a cidade funcionando. É um duplo desafio", disse. O deputado Paulo Ferreira observou que o PAC Mobilidade é o maior programa de intervenção no transporte urbano já realizado pelo governo federal. "É um programa que melhorará o acesso dos usuários aos centros urbanos, diminuindo o tempo de permanência das pessoas no interior dos coletivos", ressaltou.

O projeto de construção do metrô em Porto Alegre receberá R$ 1 bilhão de recursos federais - o valor total da obra é de R$ 2,4 bilhões. O governador do Estado, Tarso Genro, e o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, compareceram ao evento, bem como o pré-candidato do PT à prefeitura da Capital gaúcha, deputado estadual Adão Villaverde. "O recurso destinado a Porto Alegre vai garantir a concretização de uma demanda histórica dos cidadãos e contribuir para uma cidade cada vez mais sustentável", salientou Paulo Ferreira.

*Texto Natália Alles - com informações da Agência Brasil -  Fonte: pauloferreira.net.br

23 abril 2012

Jornalismo investigativo?!


A CPI e o fim do jornalismo investigativo de araque

Leandro Fortes* escreve: 

Há oito anos, escrevi um livrete chamado “Jornalismo Investigativo”, como parte do esforço da Editora Contexto em popularizar o conhecimento básico sobre a atividade jornalística no Brasil. Digo “livrete” sem nenhum desmerecimento, muito menos falsa modéstia, mas para reforçar sua aparência miúda e funcional, um livro curto e conceitual onde plantei uma semente de discussão necessária ao tema, apesar das naturais deficiências de linguagem acadêmica de quem jamais foi além do bacharelado. Quis, ainda assim, formular uma conjuntura de ordem prática para, de início, neutralizar a lengalenga de que todo jornalismo é investigativo, um clichê baseado numa meia verdade que serve para esconder uma mentira inteira. Primeiro, é preciso que se diga, nem todo jornalismo é investigativo, embora seja fato que tanto a estrutura da entrevista jornalística co mo a mais singela das apurações não deixam de ser, no fim das contas, um tipo de investigação. Como é fato que, pelo prisma dessa lógica reducionista, qualquer atividade ligada à produção de conhecimento também é investigativa.

A consideração a que quero chegar é fruto de minha observação profissional, sobretudo ao longo da última década, período em que a imprensa tornou-se, no Brasil, um bloco quase que monolítico de oposição não somente ao governo federal, a partir da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, mas a tudo e a todos vinculados a agendas da esquerda progressista, aí incluídos, principalmente, os movimentos sociais, os grupos de apoio a minorias e os defensores de cotas raciais. Em todos esses casos, a velha mídia nacional age com atuação estrutural de um partido, empenhada em fazer um discurso conservador quase sempre descolado da realidade, escoltado por um discurso moralista disperso em núcleos de noticiários solidificados, aqui e ali, em matérias, reportagens e editoriais de indignação seletiva.

A solidez – e a eficácia – desse modelo se retroalimenta da defesa permanente do grande capital em detrimento das questões sociais, o que tanto tem garantido um alto grau de financiamento desta estrutura midiática, como tem servido para formar gerações de jornalistas francamente alinhados ao que se convencionou chamar de “economia de mercado”, sem que para tal lhes tenha sido apresentado nenhum mecanismo de crítica ou reflexão. Essa circunstância tem ditado, por exemplo, o comportamento da imprensa em relação a marchas, atos públicos e manifestações de rua, tratados, no todo, como questões relacionadas a trânsito e segurança pública. Interditados, portanto, em seu fundamento social básico e fundamental, sobre o qual o jornalismo comercial dos oligopólios de comunicação do Brasil só se debruça para descer o pau. (...)

CLIQUE AQUI  para ler a postagem, na íntegra (via blog 'Brasília, eu vi'*).

-Edição e grifos deste blog

21 abril 2012

Poema



BELO BELO

Belo belo minha bela

Tenho tudo que não quero
Não tenho nada que quero
Não quero óculos nem tosse
Nem obrigação de voto

Quero quero

Quero a solidão dos píncaros
A água da fonte escondida
A rosa que floresceu
Sobre a escarpa inacessível

A luz da primeira estrela
Piscando no lusco-fusco

Quero quero

Quero dar a volta ao mundo
Só num navio a vela
Quero rever Pernambuco
Quero ver Bagdá e Cusco

Quero quero

Quero o moreno de Estela
Quero a brancura de Elisa
Quero a saliva de Bela
Quero as sardas de Adalgisa

Quero quero tanta coisa
Belo belo

Mas basta de lero-lero
Vida noves fora zero.

    Manuel Bandeira - 1948

(Quadro:  'Les Demoiselles D’Avignon', de Pablo Picasso )

20 abril 2012

O PiG** no banco dos réus



 Por Eduardo Guimarães*

CPI do Cachoeira, CPI da empreiteira Delta, CPI do Agnelo… A mídia passou dias e dias construindo versões sobre o foco que terá a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que ela mesma disse que não sairia porque, pasme-se, “o governo” teria “medo” da investigação.

As ameaças dos meios de comunicação de inverterem o foco da CPMI e de jogá-lo contra os partidos da base aliada e contra o governo Dilma de fato surtiram algum efeito. Parlamentares de todos os partidos se preocuparam. Mas a preocupação decorreu da campanha midiática. Ponto.

Todavia, essa investigação tem tanta chance de se voltar para a relação da Veja com o esquema Cachoeira quanto contra qualquer outro alvo.

Jornalistas de alguns grandes meios de comunicação, sobretudo os da Folha de São Paulo, começaram a tocar no assunto como este blog previu que fariam. Ao tratarem das relações da Veja com Cachoeira, dizem o óbvio: criminosos podem, sim, ser fontes da imprensa.

Alguns desses jornalistas reconhecem que tiveram contato com Cachoeira e explicam que foram contatos fortuitos, o que os torna explicáveis. Agora, no caso da Veja, não. São CENTENAS de ligações e sabe-se lá quantos encontros presenciais.

Quando um jornalista fala com uma fonte criminosa uma vez, cinco vezes, dez vezes, é uma coisa. Quando fala CENTENAS de vezes, é casamento.

Eis, aí, o potencial da CPMI que transpareceu da clara resposta que, ao aprová-la maciçamente, o Congresso deu a uma imprensa que dizia que o Poder Legislativo abafaria o caso. E esse potencial é o de, pela primeira vez na história, a imprensa sentar-se no banco dos réus.

Uma fonte muitíssimo bem informada me diz que anda por volta de mais de duas centenas de parlamentares o contingente deles que tem a imprensa atravessada na garganta. E claro que dirão que isso ocorre porque são todos corruptos que temem o trabalho da imprensa livre, blábláblá.

O fato, porém, é o de que as gravações da Operação Monte Carlo revelam que ao menos no caso da Veja não se trataram de relações fortuitas com uma fonte, mas de um crime continuado.

Não há mera relação entre imprensa e uma fonte que possa assim ser caracterizada diante da descoberta de que aquele veículo falava várias vezes por semana, durante anos, com um criminoso, e de que a quadrilha desse criminoso deu TODAS as matérias que o veículo publicou contra o PT.

A Veja argumenta, literalmente, que a relação que mantinha com Cachoeira era a mesma que os criminosos mantêm com a Justiça quando optam pela “delação premiada”. Ora, então a pergunta é uma só: se a delação é premiada, que prêmio a revista ofereceu a Cachoeira em troca de suas denúncias contra o PT?

Parlamentares petistas, peemedebistas, comunistas, pedetistas e de quantos partidos se possa imaginar não assinaram essa CPI à toa. Há um clima no Congresso para que venham à tona os métodos que setores da imprensa brasileira usam.

Isso porque todos têm muito claro que uma imprensa que se alia a determinado grupo político e usa seu poder e até concessões e dinheiro público para fazer luta política, é uma imprensa que não serve a ninguém além de seus proprietários e aos políticos amigos deles.

A CPMI aprovada pela esmagadora maioria do Congresso terá um viés inédito na história da República. Será a primeira vez que o país irá esmiuçar o comportamento do dito “quarto Poder”. E já fará isso tarde. Depois dessa investigação, o Brasil nunca mais será o mesmo.

*Eduardo Guimarães é representante comercial e Editor do Blog da Cidadania, fonte desta postagem.

**PiG: Partido da Imprensa Golpista

CPMI do Cachoeira ... e do grupo Abril!



*Charge do Bessinha (A 'Veja' arde...)

18 abril 2012

CPMI do CACHOEIRA & CIA


Líderes protocolam requerimento para criação de CPMI

Brasília - Agência Brasil - Com 340 assinaturas de deputados e 54 de senadores, o requerimento de criação da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que irá investigar o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e suas relações com agentes públicos e privados foi protocolado esta noite (17), na Mesa Diretora do Senado.

Os líderes partidários da Câmara compareceram ao Senado, todos juntos, para levar os documentos que reuniam as assinaturas de suas bancadas. Em seguida, foi a vez do líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), levar à secretária-geral da Mesa Diretora, Claudia Lira, o requerimento subscrito pelos senadores. Segundo ele, ainda há mais 13 assinaturas com o líder do PTB, senador Gim Argello (DF), que deverão ser entregues ainda hoje. Com elas, são 67 assinaturas de senadores ao todo.

Agora, segundo Cláudia Lira, o Senado e a Câmara farão a conferência das assinaturas para verificar possíveis irregularidades, como duplicidade de nomes. São necessárias a subscrição de 27 senadores e 171 deputados. Se o número for atingido corretamente, a primeira-vice-presidente do Congresso Nacional, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), será comunicada para que possa convocar uma sessão conjunta para ler o requerimento e oficializar a criação da CPMI. A deputada está presidindo o Congresso na licença do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), internado no Hospital Sírio-Libanês.

A expectativa dos líderes é que Rose de Freitas convoque a sessão para a próxima quinta-feira (19). Na opinião deles, não há motivos para mais demora na instalação da comissão, uma vez que todos os partidos políticos declararam apoio à CPMI. Pinheiro, no entanto, foi cauteloso e evitou marcar uma data para o início dos trabalhos. “Vamos aguardar o resultado das conferências [das assinaturas] para não ficarmos dando datas e depois corrigir. Vamos evitar fazer ilações ou conjecturas. Cada coisa a seu tempo”, disse.

(8,12 h)

17 abril 2012

Bravo, Cristina!

"Hoje é um dia transcendente para os argentinos!"

O cineasta e deputado nacional pelo Projeto Sul, Fernando “Pino” Solanas, celebrou a decisão da presidenta Cristina Fernández de Kirchner de expropriar 51% das ações de YPF e considerou que “hoje é um dia transcendente para todos os argentinos”. Solanas considerou que “os governantes que modificam as políticas erradas não se debilitam, mas sim o contrário, porque é um gesto de honestidade e de grandeza que será acompanhado por seu povo”. O artigo é de Francisco Luque, direto de Buenos Aires (via Carta Maior).

Buenos Aires - Lideranças políticas, sociais e econômicas da Argentina manifestaram seu respaldo ao projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso para a expropriação de 51% das ações da Repsol na YPF e à declaração da autossuficiência em combustíveis como assunto de interesse público, conforme anunciado nesta segunda-feira (16) pela presidenta Cristina Fernández de Kirchner.

“A YPF volta a ser argentina”, assinalou o secretário da Central Geral de Trabalhadores, Hugo Moyano, após o anúncio. O líder sindical destacou a decisão de “retomar o controle sobre a empresa nacional de petróleo”. Por outro lado, Moyano disse que “esperamos que, no calor da alegria popular que essa decisão provoca, não apareçam aproveitadores que, como na privatização, queiram tirar proveito pessoal deste ato manifesto de soberania”. Moyano disse ainda que todas as privatizações realizadas na Argentina significaram o “esvaziamento da pátria”, e enfatizou a coerência do movimento operário que sempre se opôs a essas medidas. 

O deputado nacional pelo Projeto Sul, Fernando “Pino” Solanas celebrou a decisão de expropriar 51% das ações de YPF e considerou que “hoje é um dia transcendente para todos os argentinos”. Solanas considerou que “os governantes que modificam as políticas erradas não se debilitam, mas sim o contrário, porque é um gesto de honestidade e de grandeza que será acompanhado por seu povo”. (...)
CLIQUE AQUI para ler na íntegra.

(12,27 h)

16 abril 2012

Nota oficial sobre a revista Veja


 Presidente da Câmara dos Deputados  responde à revista Veja:
Tendo em vista a publicação, na edição desta semana, de mais uma matéria opinativa por parte da revista Veja do Grupo Abril, desferindo um novo ataque desrespeitoso e grosseiro contra minha pessoa, sinto-me no dever de prestar os esclarecimentos a seguir em respeito aos cidadãos brasileiros, em especial aos leitores da referida revista e aos meus eleitores:
- a decisão de instalação de uma CPMI, reunindo Senado e Câmara Federal, resultou do entendimento quase unânime por parte do conjunto de partidos políticos com representação no Congresso Nacional sobre a necessidade de investigar as denúncias que se tornaram públicas, envolvendo as relações entre o contraventor conhecido como Carlinhos Cachoeira com integrantes dos setores público e privado, entre eles a imprensa;
- não é verdadeira, portanto, a tese que a referida matéria tenta construir (de forma arrogante e totalitária) de que esta CPMI seja um ato que vise tão somente confundir a opinião pública no momento em que o judiciário prepara-se para julgar as responsabilidades de diversos políticos citados no processo conhecido como “Mensalão”;
- também não é verdadeira a tese, que a revista Veja tenta construir (também de forma totalitária), de que esta CPMI tem como um dos objetivos realizar uma caça a jornalistas que tenham realizado denúncias contra este ou aquele partido ou pessoa. Mas posso assegurar que haverá, sim, investigações sobre as graves denúncias de que o contraventor Carlinhos Cachoeira abastecia jornalistas e veículos de imprensa com informações obtidas a partir de um esquema clandestino de arapongagem;
- vale lembrar que, há pouco tempo, um importante jornal inglês foi obrigado a fechar as portas por denúncias menos graves do que estas. Isto sem falar na defesa que a matéria da Veja faz da cartilha fascista de que os fins justificam os meios ao defender o uso de meios espúrios para alcançar seus objetivos;
- afinal, por que a revista Veja é tão crítica em relação à instalação desta CPMI? Por que a Veja ataca esta CPMI? Por que a Veja, há duas semanas, não publicou uma linha sequer sobre as denúncias que envolviam até então somente o senador Demóstenes Torres, quando todos (destaco “todos”) os demais veículos da imprensa buscavam desvendar as denúncias? Por que não investigar possíveis desvios de conduta da imprensa? Vai mal a Veja!;
- o que mais surpreende é o fato de que, em nenhum momento nas minhas declarações durante a última semana, falei especificamente sobre a revista, apontei envolvidos, ou mesmo emiti juízo de valor sobre o que é certo ou errado no comportamento da imprensa ou de qualquer envolvido no esquema. Ao contrário, apenas afirmei a necessidade de investigar tudo o que diz respeito às relações criminosas apontadas pelas Operações Monte Carlo e Vegas;
- não é a primeira vez que a revista Veja realiza matérias, aparentemente jornalísticas, mas com cunho opinativo, exagerando nos adjetivos a mim, sem sequer, como manda qualquer manual de jornalismo, ouvir as partes, o que não aconteceu em relação à minha pessoa (confesso que não entendo o porquê), demonstrando o emprego de métodos pouco jornalísticos, o que não colabora com a consolidação da democracia que tanto depende do uso responsável da liberdade de imprensa.
Dep. Marco Maia,
Presidente da Câmara dos Deputados
...

*Fonte: Blog do Saraiva - Edição final deste blog.

(Postado às 12,37 h )

14 abril 2012

O medo da revista Veja


O medo da Veja

Luis Nassif Online - Eu li o artigo da Veja, e só tenho uma observação: a Veja quer enterrar a CPI, custe o que custar.

O caso Cachoeira pega diretamente o senador Demóstenes Torres (DEM/Goiás), o governador Marconi Pirilo (PSDB/Goiás), o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB/GO) e o editor-chefe da revista Veja, Policarpo Jr.

A primeira reação da mídia, diante do escândalo, foi tentar envolver todo mundo: Agnelo (PT/DF), Protógenes (PCdoB/SP), e a construtora Delta -- que, segundo a imprensa, "faz negócios com o Governo Federal" -- convenientemente omitindo o fato de que a Delta faz negócios com todas as esferas do governo, em diversos estados, inclusive São Paulo!!!
Notícias recentes da Folha, do Estadão, e da Globo, dizem que a CPI preocupa a Dilma e setores do PT; quando os mais preocupados, obviamente, devem ser o DEM e o PSDB.

Mas vamos assumir que as acusações sejam verdadeiras, e que Agnelo, Protógenes, e o próprio Governo Federal estejam envolvidos no escândalo. Este seria, sem dúvida nenhuma, o maior escândalo da história recente do país. Maior do que o mensalão, que segundo a Veja foi "o maior escândalo de corrupção da história do país".

A Veja não quer investigação, e usa todos os artifícios que têm à sua disposição para isso: apela para a PT-fobia, para o "risco para a liberdade de expressão", para a imagem de Hitler e Mussolini... nenhum recurso é deixado de lado no objetivo de demonstrar, por A+B, que a CPI será péssima para o Brasil. (..)

CLIQUE AQUI para ler,  na íntegra.

(postado às 14,09 h)

13 abril 2012

Fraude em licitação



*Charge do Kayser  

(postado às 21,42 h)

Debate

 

O inferno astral da oposição a Dilma

'Os partidos oposicionistas estão no meio de um vendaval. E, como a crise é fundamentalmente partidária, também esvazia a força de pressão dos partidos tradicionais aliados ao governo. Quanto maior a base de apoio, mais o governo pode usar da superioridade numérica para dispensar apoios incômodos.'

CLIQUE AQUI para ler, na íntegra, o artigo assinado pela jornalista  Maria Inês Nassif (foto, via sítio Agência Carta Maior).

12 abril 2012

Os 10 anos do golpe na Venezuela

 

O golpe de 2002 na Venezuela: a praia Giron da mídia golpista

 

Emir Sader*  escreve:

A mídia latino-americana sempre foi golpista. Representante das oligarquias do continente, dirigida por um punhado de famílias (todo país tem seus Frias, Mesquitas, Marinhos, Civitas), sempre esteve envolvida nos golpes militares contra a democracia no continente, do lado dos EUA.

Se a OEA foi chamada por Fidel de Ministério das Colônias dos EUA, a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) é seu Ministério de Comunicação para as Colônias. Sempre coordenou a ação da mídia nos golpes militares e nas campanhas contra os governos democráticos do continente.

Antes mesmo da campanha que levou Getúlio ao suicídio, em 1954, e derrubou Perón em 1955, a mídia ja tinha sido participante fundamental no sangrento golpe na Guatemala, em 1954, que levou esse país a se tornar, nas décadas seguintes, naquele que sofreu os maiores massacres em um continente cheio de massacres.

Há exatamente 10 anos atrás a mídia venezuelana mobilizou e convocou um golpe militar contra Hugo Chavez. O movimento chegou a ter sucesso imediato, uma TV escandinava pode produzir "A revolução não será televisionada”, documentário já tornado um clássico do cinema de documentário sobre a América Latina. O presidente da Fiesp de lá foi nomeado presidente da ditadura que pretendia se instalar e era saudado, no Palácio Presidencial, pelos chefes da Igreja católica, pelos donos das empresas de comunicação, pelos dirigentes dos partidos de direita, enquanto Hugo Chavez era levado por militares para uma ilha e pressionado para assinar sua renúncia.

Assim que soube do golpe, o povo desceu maciçamente às ruas, dirigiu-se ao Palácio, derrubou as grades e entrou no prédio. Assiste-se nesse momento, no documentário, os chefes do golpe fugirem rapidamente pelas portas laterais do Palácio, enquanto o povo penetra nele.

As TVs e rádios golpistas simplesmente deixaram de dar notícias e passaram a projetar desenhos animados. O fugaz presidente golpista tentou enganar a CNN dando entrevista como se estivesse ainda no Palácio Presidencial, mas o próprio entrevistador lhe disse que sabia que ele já estava num quartel, fugindo. A nem veja, nem leia, eufórica, deu mais um “furo”: sua edição da semana saiu, no sábado cedo, com a notícia do golpe que teria derrubado Hugo Chavez como a grande matéria de capa. (Nenhum meio tradicional de comunicação brasileiro, todos com DNA de golpistas, recordou os 10 anos do golpe fracassado na Venezuela.)

Embora houvesse já uma doutrina e um acordo dos governos do continente de se oporem aos golpes militares, sentiu-se o silêncio ou a cumplicidade, e salvo Cuba, não houve protestos contra a derrubada de um presidente legalmente eleito no continente. O povo venezuelano fez justiça com suas próprias mãos e recolocou Hugo Chavez na presidência do pais, para a qual tinha sido eleito por seu voto.

O golpe de 11 de abril de 2002 foi, para a mídia golpista latino-americana, o que a também fracassada invasão de Praia Giron foi para o imperialismo norteamericano: sua primeira grande derrota, que demonstrou que o povo do continente não  ia aceitar mais que ela pusesse e tirasse governantes no continente. Que agora é o povo quem decide seu destino na América Latina.

*Emir Sader é Sociólogo, professor e escritor. Via Blog do Emir (sítio da Agência Carta Maior).

11 abril 2012

Reunião do CDES, hoje, em Santiago

 

 'Conselhão' debaterá desenvolvimento do Vale do Jaguari

Santiago/RS - O desenvolvimento do Vale do Jaguari será a pauta central de mais um encontro da série “Diálogos CDES”, que ocorrerá no município de Santiago, nesta quarta-feira (11/04). O objetivo do evento é reunir diferentes lideranças locais, trabalhadores, empresários, agricultores, governo e sociedade, em um amplo debate sobre as demandas e potencialidades da região.

Promovida pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul (CDES-RS), a atividade será realizada no Salão de Atos da Universidade Regional Integrada (URI) – Campus Santiago (Av. Batista Bonotto Sobrinho, s/nº), a partir das 14 horas.

As sugestões colhidas nas comunidades são sistematizadas e encaminhadas aos órgãos do Governo do Estado. As demandas são avaliadas com as diferentes secretarias, definindo medidas que podem ser adotadas para resolver as questões apresentadas.

“É uma oportunidade para aproximar o governo dos municípios, ouvir as prioridades das comunidades e construir soluções consensuadas”, convida o secretário executivo do CDES-RS, Marcelo Danéris, que coordenará o encontro, juntamente com o Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas.
Espaço de participação

Os Diálogos CDES são espaços de debates, tanto temáticos como regionais, abertos à participação da sociedade, nos quais se promovem a escuta e a troca de ideias sobre temas relativos ao desenvolvimento econômico e social do estado, buscando a concertação de opiniões dos diversos atores envolvidos.

A situação da pesca no Rio Grande do Sul, os entraves no porto de Cachoeira do Sul, a extrema pobreza no meio rural, o aprofundamento do debate para a formação de um Conselho de Comunicação, as iniciativas necessárias para apoiar as Tecnologias de Informação, o Programa de Sustentabilidade do Estado e o aprofundamento dos itens da primeira Carta de Concertação foram alguns dos temas tratados nos Diálogos CDES em 2011.  Mais informações sobre todas as atividades do Conselho podem ser obtidas no www.cdes.rs.gov.br.

O Vale do Jaguari localiza-se na Região Centro Ocidental Rio-Grandense e é composto por nove municípios: Cacequi, Capão do Cipó, Jaguari, Mata, Nova Esperança do Sul, Santiago, São Francisco de Assis, São Vicente do Sul e Unistalda.

De acordo com dados da Fundação de Economia e Estatística (FEE) de 2010, a área possui cerca de 11.268 km² e é habitada por aproximadamente 117.250 pessoas, representando uma densidade demográfica de 10,4 habitantes por quilômetro quadrado.

Fonte:  http://www.cdes.rs.gov.br