27 agosto 2014

Sem tergiversar, Presidenta Dilma responde críticas e mostra avanços

Dilma e Tarso no grande comício da UP em Porto Alegre

“Pergunto ao trabalhador, à dona de casa: tem mais comida, mais emprego, Minha Casa Minha Vida? Dá pra comparar (com o Governo FHC)?” A pergunta demolidora da presidenta Dilma Rousseff, neste 1º debate entre os presidenciáveis, promovido pela Rede Band, nesta 3ª feira - terminou na madrugada de hoje – deu bem o tom das transformações concretas na vida dos brasileiros efetivadas pelo seu governo.
A presidenta falou de economia mostrando que a inflação está dentro da meta há nove anos e apontando o norte para os próximos quatro anos: “criamos condições de controlar a inflação. O futuro é investir em infraestrutura e educação. Ela também registrou a criação de 5,5 milhões de empregos somente durante seu mandato (se somados aos criados nos dois governos Lula, são 20 milhões), apesar de estarmos enfrentando uma tremenda crise internacional. “Estamos enfrentando uma crise com outra receita (com geração de empregos). Agora o trabalhador não paga (a crise)”.
“Nós desoneramos a cesta básica. Para garantir e ampliar o emprego, desoneramos a folha de pagamento”, complementou. Citou ainda, outras medidas de seu governo, como a unificação e ampliação dos limites do Simples, recentemente universalizado, abrangendo várias categorias novas no imposto simplificado.
América Latina
A presidenta Dilma lembrou aos presidenciáveis que o país conta, hoje, com US$ 380 bilhões de reservas internacionais e “tem condições de fazer política de expansão na América Latina”. Aliás, frisou que o país assumiu a responsabilidade de ser a maior potência regional da América Latina. “Assim sendo, assumimos a responsabilidade de financiar empresas brasileiras que fazem investimentos fora”. E acentuou: “quando se financia empresa brasileira no exterior se assegura emprego no Brasil.”
A candidata petista também questionou o tucano Aécio Neves sobre as “medidas impopulares” que ele pretende adotar caso se eleja, anunciadas por ele em sua campanha durante almoços, jantares e reuniões reservadas com empresários. E que jamais tornou públicas.  Indagou se, além de desemprego, ele promete algo mais para os brasileiros, lembrando que o governo do PSDB conseguiu quebrar o Brasil três vezes. Nas três, precisou pedir socorro financeiro ao FMI.
“Geramos no meu governo mais empregos do que vocês geraram em oito anos. Os números não podem ser enganosos. O fato é que o governo do PSDB cortou salários e deu tarifaços”, afirmou Dilma.
Armínio Fraga, o Messi de Aécio…
Aécio, por sua vez, anunciou como uma grande cartada – ? – o nome de Armínio Fraga no comando da economia, como ministro da Fazenda,  caso seja eleito. Como bem pontuou o colunista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, “Aécio vê um Armínio Fraga que só ele vê. Nas suas considerações finais, Aécio anunciou Fraga como ministro da Economia com o ar triunfal de um técnico que estaria comunicando a aquisição de Messi”.
A fragilidade e ausência de proposta tucana também se fez notar com o anúncio do Poupança Jovem, solução apresentada por Aécio Neves para a população mais carente, com base em sua experiência em Minas. Ele apenas esqueceu de comentar que o programa chegou a apenas 1% das cidades mineiras – das 853, atende apenas 9. (leia mais aqui)
Já Marina, questionada pelo candidato do PV, Eduardo Jorge, sobre posições específicas de seu futuro governo para a área econômica – tergiversou, deixando de esclarecer sua posição sobre a redução da taxa de juros e a independência do Banco Central.
Petrobras
A presidenta Dilma também defendeu a nossa Petrobras. Lembrou da Petrobrax dos tucanos, nome que eles tentaram dar a maior estatal do país para facilitar o processo de privatização da empresa nos anos FHC. A ameaça foi afastada e, sobretudo, pela sociedade brasileira da época que se manifestou contra a perda de um dos nossos maiores tesouros.
Hoje, como lembrou a presidenta, a empresa é a maior da América Latina – apenas em julho deste ano, foram produzidas uma média de 520 mil barris por dia, um marco histórico. Ela também enfatizou que a primeira descoberta de petróleo na camada pré-sal, em 2006, foi fruto de muito investimento. “A Petrobras descobriu e explorou o pré-sal no governo Lula e no meu”.
A chefe do governo destacou, ainda: a estatal “aumentou de valor, porque concedemos um volume de reservas que permite que ela seja das maiores”. Também apontou que o Brasil terá em 2015 a 2ª maior participação de energia eólica no mundo” e afastou qualquer ameaça de racionamento, lembrando que ele aconteceu sim, mas da “última vez que não houve planejamento”, referindo-se ao apagão do FHC.
Leiam também, sobre o debate, a análise do professor da FGV de São Paulo, Cláudio Couto, sobre o debate de ontem, sob o título “Presidente joga no ataque usando montanha de dados“.
*Via http://www.zedirceu.com.br/

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