28 fevereiro 2016

O Navio Negreiro




*O Navio Negreiro - de Castro Alves - com Caetano Veloso & Mª Bethânia

Em defesa da Constituição e da Cidadania - Manifesto da OAB/SP


Em defesa da Constituição e da Cidadania

O império da Ordem, da Justiça e da Cidadania é uma conquista do Estado Democrático de Direito, constituindo, por excelência, o apanágio das democracias.

Ao longo da história, as Nações têm procurado aprimorar o conjunto dos direitos individuais e coletivos de seus cidadãos, por meio da inserção de princípios, diretrizes e valores em suas Constituições.

Após um ciclo autoritário que deixou profundas cicatrizes no corpo social, o Brasil reencontrou a via democrática e conseguiu plasmar sua Carta Magna, considerada uma das mais avançadas do mundo no capítulo dos Direitos.

Graças à Constituição Cidadã de 1988, a Nação brasileira passou a integrar a moldura das modernas democracias contemporâneas, sendo reconhecida pela grandeza de seu ideário, fundamentado em sólidos e imutáveis dispositivos, entre os quais as chamadas cláusulas pétreas, insculpidas no artigo 60, inciso 4º, da Lei Maior: "não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais".

Sob a crença da imutabilidade de normas que regulam “os direitos e garantias individuais”, a Nação brasileira assistiu, perplexa, a surpreendente decisão do Supremo Tribunal Federal de relativizar a cláusula pétrea da “presunção de inocência”, inserida no inciso LVII do artigo 5º da Constituição de 1988, assim descrita: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.

Responder a uma ação penal não significa ser culpado. Inocentes podem ser réus. Como lembra o ministro Celso de Mello, 25% dos recursos penais que chegam ao Supremo são acolhidos.

Ao proferir a decisão que permite o encarceramento do condenado em 2ª instância, a Suprema Corte não apenas muda a regra que assegura a liberdade do cidadão até o trânsito em julgado da sentença condenatória, mas também, ao desconsiderar um direito fundamental, parece abrir a possibilidade de que qualquer outra cláusula pétrea da Constituição Federal possa vir a ser afastada.

Se a decisão da Corte procurou ouvir a voz das ruas e dar resposta à lentidão do Judiciário, parece um despropósito mudar a letra constitucional sob um viés de cunho populista ou transferir para o cidadão o fardo da morosidade, que compete ao próprio Judiciário equacionar.

Lembre-se, a propósito, que o STF já tentou implantar a decisão provisória de sentenças penais, por meio de proposta de emenda constitucional, que ainda tramita pelo Poder Legislativo.

Não pode e não deve o STF agir como uma Assembleia Constituinte, mudar a Constituição que deveria defender e, mais, invadir o terreno legislativo, expandindo o que se convencionou chamar de politização da Justiça.

A Lei já define as circunstâncias que justificam a prisão preventiva, que ocorre antes do trânsito em julgado de uma decisão condenatória. Por sua gravidade, são situações especialíssimas onde o legislador definiu quando o interesse social deve se sobrepor para justificar a supressão da liberdade individual. A decisão do STF parece desconsiderar essa delimitação legal e permitir que todos os Réus condenados em segunda instância, mesmo os primários e de bons antecedentes, e que tenham contra eles imputada a prática de delito de baixo potencial ofensivo, ou mesmo de natureza culposa, sofram a segregação social da prisão. Ou isso, ou concede a cada julgador o poder de decidir se encaminha ou não o cidadão ao cárcere, de acordo com critérios por ele mesmo definidos.

É necessário, sim, discutir-se o sistema de Justiça de nosso País. Debater seriamente sobre as razões da demora processual, verificar os fatores intrínsecos e extrínsecos que fazem com que os processos em geral, inclusive os de natureza penal, tenham tempo excessivo de tramitação, mas sempre com o intuito de preservar e fortalecer os direitos fundamentais assegurados na Constituição de 1988, e no local apropriado para essa discussão, o Congresso Nacional.
A advocacia, invocando seu papel constitucional de indispensável à administração da Justiça, e em nome do compromisso de defender a Constituição e a ordem jurídica, por meio de suas entidades representativas, vem repudiar o atentado cometido a cláusula pétrea da presunção de inocência e manifestar a necessidade do Supremo Tribunal Federal retomar seu papel de guardião dos direitos fundamentais do Estado Democrático de Direito.
                                                                                                               São Paulo, 25 de fevereiro de 2016

  • OAB SP - Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo
  • IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros
  • IASP - Instituto dos Advogados de São Paulo
  • CPIAB - Colégio de Presidentes dos Institutos dos Advogados do Brasil
  • AASP - Associação dos Advogados de São Paulo 
  • ABRACRIM - Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas
  • APLJ - Academia Paulista de Letras Jurídicas
  • APD - Academia Paulista de Direito
  • IDDD - Instituto de Defesa do Direito de Defesa 
  • MDA - Movimento de Defesa da Advocacia 
  • SASP - Sindicato dos Advogados de São Paulo 
  • CESA - Centro de Estudos das Sociedades de Advogados 
  • AATSP - Associação dos Advogados Trabalhistas de São Paulo 
  • SINSA - Sindicato das Sociedades de Advogados dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro
  • IBCJ - Instituto Brasileiro de Ciências Jurídicas
  • Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo
  • Fonte: http://www.oabsp.org.br/

27 fevereiro 2016

Lula: “Podem estar certos. Se necessário for, sou candidato em 2018″


Em discurso na festa de aniversário dos 36 anos do PT, no Rio, o ex-presidente ainda criticou a Globo e lembrou da casa dos Marinho em Paraty



Lula: “Podem estar certos. Se necessário for, sou candidato em 2018″
Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, durante fala na festa de aniversário do PT, que, se preciso for, será candidato à Presidência da República em 2018. Lula também criticou a “perseguição” da imprensa e de parte do Judiciário contra ele.

“Eles pensam que vão me tirar da luta. Se quiserem me derrubar, vão ter que me enfrentar na rua. (…) Podem estar certos de uma coisa, se for necessário eu estarei com 72 anos, com tesão de 30, para ser candidato”, garantiu, neste sábado (27), no Rio de Janeiro.
“Eles pensam que fazendo essa perseguição vão me tirar da luta. Eles não conhecem o que é o PT”, reforçou o ex-presidente.
Em um discurso com duras críticas à mídia partidarizada e ao Judiciário, Lula disse que “conquistou o direito de andar de cabeça erguida”.
“Não imaginava que uma parte do MP era subordinado a uma parte da imprensa”, disse, ao listar todas as falsas acusações que foram noticiadas contra ele.
“Eu eu sou acusado de ter um apartamento, um triplex, eu quero saber como é que vai ficar essa história”, cobrou. Lula ainda lembrou as acusações contra a Rede Globo, que teria um triplex em Paraty (RJ). O ex-presidente lembrou ainda que a TV Globo vem notificando os blogueiros para que tirem as reportagens sobre a família Marinho. “A Globo fala tanto de democracia e intimou os blogueiros a tirarem as notícias dos Marinho em Paraty”.
“Quando terminar esse processo eles vão ter que me dar um apartamento e uma chácara, porque estão todo santo dia tentando levar a um desgaste moral”.
Militância PT
Militância unida - Lula reafirmou a força do PT, saiu em defesa do governo da presidenta Dilma Rousseff e ressaltou a importância da militância petista.
“Temos que dizer aos nossos inimigos que o PT não é o Rui Falcão, não é a Dilma, não é o Lula. O PT são milhões de brasileiros”, exaltou o ex-presidente.
Além disso, Lula cobrou que a militância e o PT façam a defesa do governo Dilma. “Por mais que tenhamos divergências, esse governo é nosso e nós temos responsabilidade de fazer dar certo, de ajudar, de discutir, de compartilhar saída para os problemas”, disse.
“Um partido não tem que concordar com tudo que o governo faz e um governo não tem que fazer tudo que um partido quer. Estamos juntos”, completou o ex-presidente.
O ex-presidente também aproveitou o discurso durante o aniversário do PT para enviar um recado para a oposição: não vai ter golpe. “Se eles quiserem voltar ao poder vão ter que aprender a ser democráticos, a disputar eleições e a acatar o resultado’, enfatizou.
A militância petista, presente em peso no aniversário da legenda no Rio de Janeiro, ouviu a fala do ex-presidente aos gritos de “não vai ter golpe” e “olê olê olê olá, Lula, Lula”.
Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias
http://www.pt.org.br/

Moro e os anjos


A sanha da Lava Jato desconstrói a política e sacrifica as virtudes em nome dos vícios


Carta Capital - por Maurício Dias - O Ministério Público Federal alcançou recentemente a meta de 1,5 milhão de adesões e poderá enviar ao Congresso o projeto de lei de iniciativa popular com dez medidas para combater a corrupção na política brasileira e capaz de, talvez até mesmo, acabar com esse crime imorredouro em todos os cantos do mundo. 
Não há boa intenção nesse combate aos crimes contra os cofres públicos, como sugere a Operação Lava Jato. A bandeira de extremado moralismo autoritário, no entanto, só ilude os cidadãos incautos, porque, neste caso, a Justiça está a serviço da política partidária. 
Um pouco mais à frente a sociedade perceberá com mais clareza a meta do supostamente virtuoso juiz Sergio Moro e a do procurador Deltan Dallagnol, homem de crença fanática. Este último, além de atuar na vanguarda da campanha, foi porta-voz do auspicioso resultado postado por ele, em primeira mão, na própria conta no Twitter.
Em diversas palestras Moro tem alertado a plateia sobre o que ele considera o maior risco de desconstrução dos resultados da Lava Jato. Aproveita o momento deretrocesso no Congresso.
Em poucas e objetivas palavras, ele faz e o Congresso desfará.
Para isso, o poderoso juiz da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba dissemina a crença desse problema entre os brasileiros de Norte a Sul e de Leste a Oeste. E lá se vai a imagem dos políticos.
Por trama do destino, quase simultaneamente ao anúncio da “boa-nova” apresentada por Dallagnol, o Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau, em Pernambuco (IPMN), divulgou os resultados de uma sondagem, feita entre os dias 15 e 16 de fevereiro, na cidade do Recife. 
Gráfico
Ela chama a atenção do cientista político Adriano Oliveira, da IPMN, nestes pontos:
“Os eleitores apoiam a Lava Jato, mas não acreditam que ela mudará os costumes e quase 92% deles não confiam em políticos. Uma maioria de quase 57% não acredita que ela mudará o comportamento deles (Tabelas).
Os resultados obtidos na capital pernambucana podem ser interpretados, segundo Oliveira, para as regiões Norte e Nordeste.
A política é um caminho por onde os anjos não se aventuram. 
Moro desconhece isso e tenta construir um paraíso político onde só circulem os querubins. O juiz sabe que, além de mandar alguns para a cadeia, a sanha da Lava Jato desconstrói a política e sacrifica as virtudes em nome dos vícios. 
Em 1992, após o período de caça aos parlamentares e da renúncia do então presidente Fernando Collor, o deputado Benito Gama, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito popularizada como CPI do PC (Paulo César Farias, tesoureiro de Collor), anunciou aos crédulos: “O Brasil nunca será mais o mesmo”. 
Errou feio, se é que Gama não ironizava. Tudo parece como antes.
A Lava Jato não mudará os políticos. Para isso teria, primeiro, de cumprir a missão impossível de mudar o mundo. 
Juiz Moro, data venia, os vilões são os políticos ou os eleitores?

ADVOCACIA




*Escritórios em Santiago, Canoas e Porto Alegre/RS

(Clique no cartão p/ampliar)

26 fevereiro 2016

Nota oficial: CUT e FUP repudiam privatização do pré-sal


Paulo Pinto/Fotos Públicas
O Senado Federal deu na noite desta quarta-feira (24), um dos golpes mais brutais na classe trabalhadora e no povo que mais necessita de investimentos públicos em Educação e Saúde.
Os senadores aprovaram um projeto de José Serra (PSDB-SP) que privatiza o Pré-Sal. Isso significa que o Senado abriu mão da soberania nacional e de todos os investimentos gastos com a pesquisa na área de petróleo e gás nos últimos anos. A luta feita em todo o Brasil para que os recursos oriundos do Pré-Sal sejam investidos na melhoria da educação e da saúde dos brasileiros foi ignorada pelo Senado.
Para garantir a aprovação do Substitutivo ao PLS 131 apresentado pelo senador Romero Jucá (PMDB/RR), o governo fez um acordo com a bancada do PSDB e parte da bancada do PMDB.
O projeto retira a obrigatoriedade de a Petrobrás de ser a operadora única do Pré-Sal e a participação mínima de 30% nos campos licitados, como garante o regime de partilha - Lei 12.351/2010. Se for aprovado pela Câmara e sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, a Petrobrás deixará de ser a operadora única do Pré-Sal e terá que provar ao Conselho Nacional de Política Energética se tem condições ou não de manter a exploração mínima de 30% em cada campo que for licitado.
Essa aprovação é um golpe no projeto democrático-popular, voltado para a distribuição de renda, geração de emprego e investimentos em políticas públicas que melhorem a vida dos brasileiros, que vem sendo eleito desde 2002.
Para a CUT-FUP, o governo renunciou a política de Estado no setor petróleo e permitiu um dos maiores ataques que a Petrobrás – única empresa que tem condição de desenvolver essa riqueza em benefício do povo brasileiro - já sofreu em sua história. Fazer acordo para aprovar o projeto de Serra é o sinal mais claro de que o governo se rendeu as chantagens e imposições do Parlamento e do mercado, rompendo a frágil relação que tinha com os movimentos sociais e sindical, criando um constrangimento para os senadores que mantiveram a posição em defesa do Brasil.
O governo precisa aprender que é preferível perder com dignidade do que ganhar fazendo concessões de princípios.
A CUT, a FUP e os movimentos sociais estarão nas ruas para lutar contra este projeto que entrega a maior riqueza do povo brasileiro as multinacionais estrangeiras.
Vagner Freitas 
Presidente Nacional da CUT

Fonte: http://www.cut.org.br/

22 fevereiro 2016

'Sérgio Moro é marqueteiro da oposição, pauteiro da mídia, e quer ser coveiro do PT'


Sérgio Moro
Sérgio Moro é marqueteiro da oposição, pauteiro da mídia, e quer ser coveiro do PT
Sérgio Moro, o juiz das camisas negras, age com a precisão de um marqueteiro da oposição.
Nas duas últimas semanas, o quadro foi extremamente desfavorável às forças que lutam para inviabilizar Dilma e para enxotar Lula e o PT da vida pública. A derrota de Cunha na votação para liderança do PMDB (com atuação política do Palácio do Planalto, em favor do vitorioso Picciani), a inclusão do processo contra Eduardo Cunha na pauta do STF para julgamento nas próximas semanas e, por fim, o vergonhoso caso Miriam Dutra/FHC/fantasma do Serra : foram três episódios a demonstrar que a oposição tucana não tem forças para derrubar o lulismo.
O impeachment, na Câmara, está morto. E o PSDB sofre um processo acelerado de desgaste, ao ganhar a pecha de oposição fraca e hipócrita.
Na última sexta, alguns mais empolgados no lado governista comemoravam a “virada”. Os mais experientes, no entanto, diziam: quantos dias serão necessários para Moro lançar uma bóia que sirva pra salvar FHC e dar novo alento ao golpe?
Moro agiu rápido.
A “Operação Acarajé”, deflagrada nesta segunda (22/fevereiro) mira em João Santana. O juiz das camisas negras pede a prisão do ex-marqueteiro petista.
Não farei a defesa de Santana. Não sei que tipos de acertos ele fez com grandes empresários e com a cúpula petista. Sei que ele é uma figura um tanto arrogante e que, em 2010, fingiu ter sido a campanha de TV conduzida por ele a única responsável pela vitória (quando, na reta final do primeiro turno, a campanha nefasta de Serra mostrou que era nas redes sociais e nos boatos nas igrejas que a eleição poderia ser decidida; Santana jamais entendeu a internet).
Minha análise aqui é política.
Alguns fatos chamam atenção… (...)
CLIQUE AQUI para continuar lendo (*via Viomundo)

21 fevereiro 2016

Decisão do STF aumenta seletividade da justiça brasileira





Com os juízes decidindo caso a caso quem terá direito à prisão antes do fim do processo, o mesmo pau que dá em Chico dará também em Francisco?

CLIQUE AQUI para ler a postagem de Najla Passos na Carta Maior.

APESAR DO MASSACRE, PT LIDERA EM SIMPATIZANTES


:
Mesmo com a prisão de dirigentes do Partido dos Trabalhadores, como José Dirceu e João Vaccari Neto, a legenda ainda é a que tem mais simpatizantes no país, segundo aponta pesquisa realizada pelo cientista político David Samuels, professor da Universidade do Minnesota (EUA), em parceria com o colega Cesar Zucco Jr., da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro; dados de 2014 mostram que 15,95% dos brasileiros declaram simpatia pelo PT; a segunda força política do País é a de "antipetistas", que, segundo o pesquisador são 11,44% do eleitorado, que seriam desiludidos com a democracia e herdeiros do regime militar; partidos tradicionais, como PMDB e PSDB, também perderam apoios em meio ao processo de criminalização da política. CLIQUE AQUI para ler (via Brasil 247)

18 fevereiro 2016

LULA E ESOPO


 1
Para o Rio foram Lula e o Lobo fascista, simultaneamente compelidos pela sede. Acima estava o Lobo coxinha, muito abaixo o Lula cordeiro.
Por que me sujas a água que bebo”, diz o alucinado Aécio. “Ora, como é possível se o Sr. está acima e a água corre rio abaixo” diz o tímido ex-Presidente. “Se não foi você foi sua mulher que comprou um barco por 4.000 reais e está remando rio acima” diz o famigerado PSDB. “Isto não pode ser verdade, pois o Barco ainda não chegou”, retruca a vítima. Pois bem, se não foi o Barco da Dona Letícia então foram os tomates que ela plantou, como afirma a Folha. E com isso pulou sobre o Lula e seus filhos devorando-os a todos, sem sal e sem pimenta.
Fedro e outros que compilaram as fábulas oralmente transmitidas de Esopo não fizeram comentários moralistas. Somente o pedante La Fontaine o fez. Para esta narrativa inspirada em Fedro e não em La Fontaine sugiro um comentário moralista. Nunca confie em coxinha. Basta ver a radical mudança de rumo do PSDB, que muda intempestivamente sua política, abandona seu aliado Eduardo Cunha que caiu na desgraça, e reverte sua posição no Congresso, só porque a onda do “impeachment” fracassou. Agora se concentram em destruir Lula antes de 2018.
*Via http://rogeriocerqueiraleite.com.br/

14 fevereiro 2016

“Juízos antecipados, delações e vazamentos seletivos criam Estado de Exceção e pendem para o fascismo” (Tarso Genro)




“Uma das características do fascismo é a criação do seu próprio sistema de direito, através da ação, através do movimento, não importando o que dizem as leis, o que regem as normas, o que garante a Constituição política. Quando procuradores federais emitem juízos antecipados sobre pessoas que estão sendo investigadas, ficam alheios a vazamentos de provas e defendem a manutenção de prisões preventivas para forçar delações premiadas, indicam um novo modo de funcionamento do Estado de Direito que pende para o fascismo”. As declarações são do ex-ministro da Justiça e ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, ao comentar o andamento das investigações da Operação Lava Jato e alguns procedimentos que vem sendo adotados por seus promotores no campo jurídico.
Em entrevista ao Sul21, Tarso Genro sustenta que o que está ocorrendo envolve um processo mais complexo de ataque à política em geral, de criminalização dos partidos, especialmente daqueles que estiveram ou estão na base do Governo, mas que começa a atingir a própria oposição. Neste “novo modo de funcionamento do Estado de Direito”, afirma, a “ação faz o direito”, de forma alheia à Constituição. E acrescenta: “A situação se torna mais grave, quando se vê que a ampla maioria da mídia tradicional, que é de propriedade de poucas famílias muito ricas, dá um apoio praticamente incondicional a esta “exceção” não declarada, que tem, hoje, no seu centro, a destruição da figura do Presidente Lula”.
CLIQUE AQUI para ler a entrevista com o ex-governador Tarso Genro ao jornalista Marco Weissheimer, do sítio Sul21

13 fevereiro 2016

Exclusivo: Nosso investigador na pista da Agropecuaria que controla o triplex de praia dos Marinho; todos os caminhos levam ao Panamá; veja os documentos (via Viomundo)

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Da Redação*
Diante da notícia da Rede Brasil Atual de que a empresa que tem em seu nome a mansão de praia dos irmãos Marinho em Paraty — a Agropecuaria Veine Patrimonial — tem ligação com empresa sob investigação na Operação Lava Jato, submetemos o assunto a um investigador com vasta experiência no rastreamento de empresas — no Brasil e no Exterior.
Ele, TC,  fez um relatório inicial sublinhando que a menção a nomes não implica envolvimento em qualquer tipo de irregularidade.
De acordo com nosso investigador, a mansão dos Marinho está em nome de uma empresa que tem como sócia a Vaincre LLC, que por sua vez é controlada pela Camille Services, que por sua vez representa a Mossack Fonseca & Co., investigada na Operação Lava Jato. A licença da Vaincre nos Estados Unidos “expirou” duas semanas depois de deflagrada a Operação Lava Jato.
Leia a íntegra do relatório: (...)
CLIQUE AQUI* para continuar lendo.

11 fevereiro 2016

Muito além das fronteiras do ridículo (por Mino Carta)


Na tentativa de incriminar Lula, os perdigueiros da informação mordem seu próprio rabo, mas poucos se riem

Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso.jpeg
Não são eles que podem rir. (Edilson Dantas/ Ag. O Globo)
Na semana passada, sugeri aos perdigueiros da informação que passassem a procurar o jatinho, o Rolls-Royce, a fazenda, o iate que Lula não possui. E não é que acharam o barco de dona Marisa? De lata, custa 4 mil reais. Quanto à fazenda, fazendeiro mesmo é Fernando Henrique Cardoso e de jatinho há de voar Aécio Neves, ao certo sei que dispõe de campo de pouso.
Está claro que de FHC e de Aécio não é admissível suspeitar: postam-se na proa da fragata tucana e, portanto, são intocáveis. Seu partido tornou-se de fato o mais perfeito intérprete dos ideais da direita mais reacionária do País. O Partido da Social-Democracia Brasileira, e já aí nos defrontamos com uma piada. Nunca houve quem ousasse perguntar-se como um professor universitário seja proprietário de um apartamento paulistano muito maior do que o triplex praiano que dona Marisa não comprou, e de uma fazenda de boa extensão, fruto de uma obscura história a envolver um certo Jovelino Mineiro, de turva memória. O único filho de FHC (o outro dele não era) andou metido em aventuras estranhas e eu não esqueço as excelentes relações que o ex-presidente mantinha com Daniel Dantas, o banqueiro do Opportunity, deliberadamente favorecido pelo então presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros, por ocasião da bandalheira da privatização das comunicações.
Tive a oportunidade de ouvir a gravação dos grampos das conversas telefônicas entre Mendonça de Barros, André Lara Resende e Persio Arida e parte mais significativa CartaCapital publicou em 25/8/1998, ecoada obviamente pelo estrondoso silêncio da mídia nativa. Ouvi claras referências à manipulação dos resultados da privatização a favor “dos italianos” e, portanto, de Dantas, admitida a possibilidade de recorrer, caso necessário, à “bomba atômica”, ou seja, o presidente FHC. Certa vez, de volta de Cayman, onde cuida dos seus negócios e de muitos outros graúdos, o banqueiro foi diretamente a Brasília para uma visita ao Alvorada. Perguntei-me se estaria em missão de agradecimento.
A vocação aérea de Aécio Neves é certa e sabida, costumava usar o avião da governança mineira para viagens sem agenda oficial, e o emprestava com generosidade aos amigos e nem tanto para suas deslocações Brasil afora. Até um vilão recente, Delcídio do Amaral, gozou da regalia. Do ex-governador falou-se muito e mal, em incursões inclusive por sua vida privada, e eis que, de improviso, ao se tornar candidato tucano contra Dilma Rousseff, a mídia nativa o assume como varão de Plutarco.
Os argumentos brandidos agora na tentativa de incriminar Lula, repetidos à exaustão produzem jornalões idênticos de um dia para o outro, e também revistas e programas de rádio e tevê. Ao ler a Folha de S.Paulo de sexta-feira você pode ser levado a crer que de verdade se trate de O Globo de domingo ou do Estado de S. Paulo da quinta seguinte. Não se distingue colunista, ou um comentarista, de outro. Por exemplo, Dora Kramer de Eliane Cantanhêde. De todo modo, na terça 2 de fevereiro, na Folha Mario Sergio Conti aponta em Ernesto Geisel um herói da probidade. Dado a esquecimentos, o colunista graciosamente olvida a vivenda nababesca que Geisel construiu na encosta da Serra do Mar e de como permitiu que o então mandachuva da Petrobras, Shigeaki Ueki, cobrasse pedágio sobre cada barril produzido ou importado. Sem contar que, ao encerrar o seu “mandato”, levou para casa os presentes recebidos de visitantes ilustres na qualidade de ditador. Consta ter apreciado sobretudo vasos chineses da dinastia Ming. (...)
CLIQUE AQUI para continuar lendo (via Carta Capital)

10 fevereiro 2016

Lula parabeniza PT pelos 36 anos e agradece apoio da militância


O ex-presidente ressaltou também a trajetória de luta e perseverança do partido que ele ajudou a fundar


Lula parabeniza PT pelos 36 anos e agradece apoio da militância

   Por  Agência PT*

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou o PT pelo aniversário de 36 anos da sigla, nesta quarta-feira (10). Em vídeo publicado em sua página no Facebook, o petista ressaltou a trajetória de luta e perseverança do partido o qual fundou.
“Estamos completando 36 anos de história do partido mais importante da política brasileira. Foi o partido que deu vez e voz ao trabalhador. O partido que, pela primeira vez, tirou o trabalhador de coadjuvante e colocou como protagonista, como artista principal”, declarou.
“Antes, só existíamos para bater palmas, nunca para sermos aplaudidos”, completou.Nas palavras de Lula, o PT foi também o partido que mais inovou na política brasileira e mais fez justiça social. “É importante que as pessoas façam uma reflexão sobre o que esse partido já fez para o Brasil”, salientou.
“É certo que não fizemos tudo que tínhamos que fazer. É certo que cometemos erros e quem comete erro tem que pagar”, disse o ex-presidente, ao ressaltar que a grande qualidade da sigla é a “convivência democrática na diversidade.
“O PT é um partido plural, que cada um pensa do jeito que quer pensar e depois se subordina as decisões coletivas tomadas nos fóruns”, declarou na mensagem.
“Parabéns ao PT e a vocês que ajudam a fortalecer a ideia da organização partidária, porque sem partido não existe democracia, não existe pluralidade e o PT é a melhor marca disso no Brasil”, finalizou.
-Confira a mensagem completa.
 
Da Redação da Agência PT de Notícias
*Via http://www.pt.org.br/