05 maio 2016

Serventia de Cunha se resume a derrubar presidenta; Teori relaciona crimes de tropa de choque que atuou contra Dilma; leia a íntegra


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Da Redação do Viomundo*
O plenário do Supremo Tribunal Federal suspendeu por unanimidade o mandato de deputado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e, assim, o afastou da presidência da Câmara.
O principal argumento do relator é de que Cunha, réu no STF e acusado de vários crimes, não estaria capacitado a substituir Michel Temer durante uma licença ou viagem se o vice assumir o Planalto em eventual afastamento da titular Dilma Rousseff.
O detalhado voto do relator Teori Zavascki listou 20 políticos de alguma forma relacionados a Cunha ou às investigações que o envolvem no âmbito da Operação Lava Jato.
O grupo mais próximo é o dos operadores de Cunha, que apresentaram requerimentos em nome dele na Câmara ou atuaram como prepostos em distintas situações. São mencionados os atos potencialmente criminosos dos quais participaram, mas não houve menção à atuação parlamentar do grupo na promoção do golpe contra Dilma.
Na lista está incluída a tropa de choque do ex-presidente da Câmara, que está sob investigação da PGR: os deputados Manoel Júnior (PMDB-PB), Altineu Côrtes (PMDB-RJ), André Moura (PSC-SE) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP); os ex-deputados Alexandre Santos, João Magalhães, Nelson Bornier e Solange Almeida, do PMDB, e Carlos Willian, do PTC. Todos os donos de mandato votaram pela abertura do impeachment de Dilma Rousseff no dia 17 de abril.
Outros dois deputados federais que teriam atuado em favor de Cunha foram mencionados no voto do relator: Áureo Ribeiro (SD-PMDB) e Felipe Bornier (PROS-RJ). Ambos também votaram contra Dilma na Câmara.
No documento são citados ainda os ex-deputados Carlos Magno (PP-RO) e Moreira Mendes (PSD-RO), além do ex-senador Francisco Dornelles (PP-RJ). Eles teriam tido atuação parlamentar da qual Cunha se beneficiou de forma direta ou indireta.
Citados de forma genérica aparecem os deputados Celso Pansera (PMDB-RJ), Waldir Maranhão (PP-MA) e Paulinho da Força (SD-SP). Dois deles votaram contra a abertura de processo contra Dilma — os únicos na lista de 20 políticos.
Completando a lista aparecem os ex-deputados Sandro Mabel, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves.
Os dois últimos foram citados por Teori quando o ministro do STF reproduziu reclamação que teria sido feita por Eduardo Cunha em relação a pagamentos de propina realizados por Leo Pinheiro, da empreiteira OAS.
É que o corruptor teria beneficiado Temer com pagamento de R$ 5 milhões, mas segundo Cunha não cumprira promessa feita ao resto da turma, inclusive Geddel e Henrique Alves.
Ambos, aliás, estão cotados para ocupar cargos importantes num eventual governo Temer.
Suspenso, Eduardo Cunha preserva a imunidade parlamentar. Solto, é improvável que faça a delação premiada que poderia fazer a casa de Temer cair. A mulher e a filha de Cunha devem ser denunciadas nos próximos dias na primeira instância.
CLIQUE AQUI* para ler na íntegra.

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