08 fevereiro 2017

Petrobras e Garnero foram ameaça de Cunha a Temer: “quero ser solto!”




Por Fernando Brito*
Dos grandes jornais, só o Estadão  deu alguma importância ao movimento feito ontem por Eduardo Cunha a Sérgio Moro que, se dependesse do juiz e do procurador da República que apenas reuniam as informações já publicadas, sem nenhum dado de investigação conclusivo, teria sido mesmo algo irrelevante.
Mas não foi, porque foi Eduardo Cunha que moveu duas pedras no tabuleiro, movimentos que podem ser vistos em apenas três minutos, no vídeo do post anterior – colocar em evidência uma peça que não estava, o empresário Mário Garnero (foto) – um empresário com poder e dinheiro para promover “bocas-livres” internacionais desde 2007, com seu Fórum de Desenvolvimento Sustentável, que teve direito a um muito bem pago Bill Clinton de pé, enquanto a fila de papagaios de pirata desfilava diante dele para uma foto sorridente.
Cunha disse – e os fatos posteriores mostram – que Temer é muito ligado a Garnero. Mas o que, afinal, desejaria este milionário para ir fazer lobby para indicar-se um “gerente” da Petrobras? Ajudar algum rapaz que “estava para casar” é que não deve ser.
Ato contínuo a este caso, trazido por sua própria defesa, nova “bola levantada” por seu advogado, que Cunha “cortou” de forma fulminante: Michel Temer coordenava os apetites da bancada do PMDB na Petrobras, pessoalmente.
Pronto, o recado estava dado. Cunha quer um “sinal”, urgente, para ficar calado e essa é a sua soltura.
Curioso que ontem e hoje tenha se dado a conversão de Gilmar Mendes e de Reinaldo Azevedo á denúncia do absurdo – e é mesmo – das longas temporadas das prisões de Moro.
Mas, como a gente vem insistindo aqui, tudo são coincidências no Brasil, não é?
*Via Tijolaço

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