16 junho 2017

"O que nós precisamos é de uma saída na política. E a saída na política, neste momento, seria a abreviação do mandato de Michel Temer com a convocação de uma eleição direta no País imediatamente" (Deputado Marco Maia)

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Infindável crise política

Jornal do Comércio - por Edgar Lisboa, correspondente em Brasília - O deputado federal Marco Maia (PT/RS, foto), ex-presidente da Câmara dos Deputados, faz uma avaliação do momento em que o País vive e as relações entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Segundo o parlamentar, "primeiro, nós precisamos resolver a crise política que o País atravessa, para poder cuidar da crise econômica. E o grande mal que hoje nós temos é exatamente esta crise política, que é praticamente infindável. Nós temos denúncias, temos investigações em curso, temos ataques que são feitos contra o presidente Michel Temer (PMDB). Portanto há uma instabilidade política enorme no Brasil, que nós vamos precisar resolver", assinalou. Marco Maia conta que tem acompanhado, dentro do Congresso Nacional, o debate e percebe que "há, neste momento, uma tentativa por parte da base de sustentação do governo Michel Temer de blindá-lo, de protegê-lo, de criar uma carcaça de proteção e, com isso, impedir qualquer tentativa de cassação, de abreviação do seu mandato". Na avaliação do deputado, com a decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral, na semana passada, esse setor dentro do Congresso ganhou força, ganhou musculatura".

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"Com a decisão tomada pelo PSDB, de sustentar, de permanecer no governo, se consolidou ainda mais essa ideia da permanência do Michel Temer à frente da presidência da República", afirma Maia. Acrescentando que, "com isso, a crise política permanece. Nós vamos viver ainda alguns meses de crise política, de crise institucional, de disputa entre os Poderes, o que vai, na minha avaliação, também agravar a crise econômica. O que nós precisamos é de uma saída na política. E a saída na política, neste momento, seria a abreviação do mandato de Michel Temer com a convocação de uma eleição direta no País imediatamente". Para Marco Maia, "isto permitiria que o povo tomasse a decisão, elegesse o projeto que gostaria que governasse o País, dando ao Brasil uma estabilidade política que poderia permitir ao País reconstruir a estabilidade econômica. Não acontecendo isso, nós vamos conviver, até novembro, dezembro do ano que vem, com uma crise política contaminando a economia e prejudicando a todos os trabalhadores", avalia.

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