18 abril 2018

Aécio já não vem ao caso


goodtimes


Nenhuma surpresa no fato de Aécio Neves ter sido transformado em réu pelo recebimento de dinheiro da JBS.

Aécio, Temer (esperando janeiro) e outros são fósforos riscados, que bem serviram ao golpe mas já não tem uso e ajudam a alimentar a lenda de que “a lei é para todos”.

Um pouco de “jeito” e ficará como Eduardo Azeredo, esperando anos e anos que a “célere” justiça se faça.

Isso, num caso em que há mala, gravação de áudio e de vídeo e não simples “convicção”.

Ainda assim, O Globo, na sua piedosa manchete, diz que “Seis senadores já são réus da Lava-Jato no Supremo” e só no subtítulo menciona que Aécio se juntou a esta lista.

Mas cedo, o inefável Carlos Alberto Sardemberg diz que Aécio “estava evidentemente brincando” quando disse que seu primo Frederico, escalado para apanhador da mala de dinheiro, podia ser morto se ameaçasse abrir a boca.

(Aliás, no mesmo jornal da CBN, ele reescreveu o artigo da Lei de Execução Penal dizendo que as visitas a Lula só poderia ser dos filhos e irmãos – parentes de 1° grau, disse ele – e dos advogados, embora a lei fale expressamente em “amigos”).

De toda a forma, nenhum significado tem mais Aécio senão o de representar uma suposta imparcialidade judicial.

Ele já não vem ao caso para a política.

(Por Fernando Brito, no Tijolaço)

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